Menos de mil terroristas do Estado Islâmico restam no Iraque e na Síria, afirmou na quarta-feira, 27 de dezembro, a coalizão internacional dirigida pelos Estados Unidos, que luta contra o grupo radical militante sunita, um terço do valor estimado apenas três semanas atrás.
O Iraque e a Síria declararam a vitória sobre o grupo terrorista do Estado Islâmico (EI) nas últimas semanas, após um ano que viu os exércitos dos dois países, uma série de aliados estrangeiros e várias forças locais expulsarem os combatentes do EI de todas as cidades e aldeias que em algum momento constituíram seu autoproclamado califado.
Os Estados Unidos lideraram uma coligação internacional que realizou ataques aéreos contra o Estado Islâmico desde 2014, quando o grupo radical militante invadiu cerca de um terço do Iraque. As tropas dos EUA serviram como conselheiros para as forças do governo iraquiano e para grupos curdos e árabes na Síria.
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“Devido ao compromisso da coalizão e à competência demonstrada por nossos parceiros no Iraque e na Síria, estima-se que menos de mil terroristas do Estado Islâmico se encontrem em nossa área combinada de operações, a maioria dos quais estão sendo caçados nas regiões desérticas no Leste da Síria e no Oeste do Iraque”, disse a coalizão liderada pelos EUA à Reuters num comunicado enviado por e-mail.
O nome “Estado Islâmico” (EI) é uma abreviação de “Estado Islâmico do Iraque e do Levante” (EIIL) ou “Estado Islâmico do Iraque e da Síria” (EIIS), e traduções da designação árabe “Daesh“.
A estatística exclui as áreas no Oeste da Síria sob o controle do governo do presidente Bashar al-Assad e seus aliados.
A Rússia, a principal aliada de Assad, também disse na quarta-feira que a batalha principal com o Estado Islâmico na Síria acabou. Sergei Lavrov, o ministro russo das relações exteriores, disse que a tarefa fundamental na Síria agora era destruir outro grupo islâmico, a Frente Nusra.
A coalizão liderada pelos EUA havia dito em 5 de dezembro que havia menos de três mil terroristas restantes. O Iraque declarou sua “vitória final” sobre o grupo em 9 de dezembro.
A maioria dos terroristas foi morta ou capturada nos últimos três anos, disse a coalizão na quarta-feira. A coalizão não respondeu a uma pergunta sobre se alguns terroristas poderiam ter escapado para outros países, dizendo que não “se engajariam em especulações públicas”, mas disseram que estavam trabalhando na prevenção disso.
“Podemos lhes dizer que estamos trabalhando com nossos parceiros para eliminar ou capturar todos os terroristas restantes do Estado Islâmico, destruir sua rede e evitar seu ressurgimento, e também impedir que eles escapem para países fronteiriços”, afirmou.