Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times
Representantes do governo dos Estados Unidos, liderados pelo ex-embaixador norte-americano na Coreia do Sul, cruzaram ontem (27) a Coreia do Norte para discutir os preparativos para o histórico encontro entre o presidente Donald Trump e Kim Jong-un, conforme divulgado pelo jornal The Washington Post.
O líder da delegação dos Estados Unidos, Sung Kim, foi chamado de volta de sua missão como enviado às Filipinas. Sung Kim cruzou a Coreia do Norte e se reuniu com o vice-ministro dos Assuntos Estrangeiros do regime comunista, Choe Son Hu. A dupla já havia negociado anteriormente um acordo de desnuclearização em 2005.
A equipe norte-americana também incluiu Allison Hooker, especialista em Coreia do Conselho de Segurança Nacional e também um funcionário anônimo do Departamento de Defesa.
Sung Kim foi embaixador na Coreia do Sul entre os anos 2011 e 2014. Tornou-se depois um representante especial sobre política norte-coreana.
É esperado que os norte-americanos continuem as reuniões na segunda e terça-feira, faltando pouco mais de duas semanas da cúpula prevista para 12 de junho em Cingapura. As conversações serão realizadas na Casa da Unificação, mesmo prédio onde Kim Jong-un e o presidente sul-coreano Moon Jae-in se reuniram no sábado.
Kim afirmou à Moon que ainda está comprometido com a reunião com Trump e com a desnuclearização completa.
“Nós concordamos que a Cúpula de 12 de junho entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos será realizada com sucesso”, disse Moon, segundo Washington Post.
A demonstração de boa vontade de Kim Jong-un de celebrar a reunião como planejado representa uma vitória tática para Trump, que na quinta-feira (24) havia desistido do encontro citando a retórica combativa de Pyongyang.
Depois que Trump declarou sua desistência, a Coreia do Norte respondeu com uma declaração moderada, afirmando que continuava disposta a fazer a reunião. Mais tarde, Trump revelou que as conversações entre os dois países continuam e que é possível que a reunião aconteça como planejado.
Trump será o primeiro presidente norte-americano a se encontrar com um líder norte-coreano em pessoa.
A Coreia do Norte já fez várias concessões importantes. Pyongyang libertou três prisioneiros norte-americanos, aceitou os objetivos de paz para a Península Coreana, a desnuclearização completa, e também destruiu o seu único local de testes nucleares.
Trump reconheceu cada uma das concessões, mas ao mesmo tempo manteve o compromisso de continuar com pressão máxima e sanções até que Pyongyang abandone totalmente seu programa de armas nucleares.