Membros do grupo Antifa agridem violentamente jornalista conhecido por expôr sua violência

Jornalista sofre hemorragia cerebral e necessita passar a noite em um hospital

01/07/2019 23:13 Atualizado: 02/07/2019 06:02

Por Ivan Pentchoukov

Membros do grupo extremista Antifa, em Portland, agrediram violentamente Andy Ngo, um jornalista independente conhecido por documentar a violência do grupo, em 29 de junho.

Um vídeo gravado no local por um repórter do jornal The Oregonian, mostra um membro do Antifa dando um soco no rosto de Ngo. Um bando de membros da Antifa, em seguida, atacam Ngo, chutando e atirando xícaras de um líquido branco nele enquanto ele se afastava.

Um fotógrafo da Getty também capturou imagens do ataque, incluindo fotos em que Ngo é visto se protegendo enquanto um membro da Antifa, mascarado, acaba de dar um soco.

Em um vídeo filmado após o ataque, Ngo, sangrando e um pouco desorientado, diz à platéia que os atacantes da Antifa roubaram sua câmera.

“Acabei de ser espancado pela multidão – sem policiais – no meio da rua e eles roubaram minha GoPro”, disse Ngo. “Eles me socaram várias vezes meu rosto e minha cabeça. Eu estou sangrando”.

Quando a polícia e os paramédicos chegaram, Ngo disse aos primeiros socorristas que ele havia relatado ataques de Antifa duas vezes no início do dia.

A Polícia de Portland informou que alguns dos “milkshakes” lançados na manifestação eram na verdade cimento de secagem rápida. Não está claro se Ngo foi atingido por um dos copos de cimento.

Ngo, um americano vietnamita, tem documentado regularmente ataques violentos realizados por membros do Antifa. Em seu perfil no Twitter, antes do ataque, ele afirmou que ele é “odiado pelo Antifa”.

Enquanto Antifa significa “antifascista”, o grupo raramente, ou nunca, enfrenta fascistas reais. Composto por comunistas, socialistas e outros radicais de esquerda dura, o grupo rotula qualquer um que não se alinha com suas ideologias como um “fascista” para justificar o uso da violência. Após a eleição do presidente Donald Trump, o grupo frequentemente usou o rótulo “fascista” para atacar os partidários de Trump.

Este modo de operação remonta às raízes do movimento “antifascista” na Alemanha, onde o grupo foi usado pelos comunistas soviéticos para fomentar uma revolução. O movimento antifascista alemão também rotulou indiscriminadamente seus inimigos fascistas como uma desculpa para a violência. O relatório anual de 2016 do serviço de inteligência doméstico da Alemanha observa que, do ponto de vista do “extremista de esquerda”, o rótulo de “fascismo”, como empurrado por Antifa, muitas vezes não se refere ao fascismo real, mas é meramente um rótulo atribuído ao “capitalismo”.

A revista Quillette, empregadora de Ngo, escreveu em um editorial: “Eles o atacaram pela simples razão de que ele desafiou sua propaganda ideológica – uma tática do Antifa que qualquer verdadeiro fascista reconheceria e aplaudiria”.

De acordo com Quillette, Ngo sofreu uma hemorragia cerebral, obrigando-o a passar a noite em um hospital. O ataque resultou em uma manifestação de apoio a Ngo, incluindo uma campanha de arrecadação de fundos para cobrir o custo de sua segurança e necessidades médicas.

Na véspera do ataque, Ngo escreveu no Twitter que estava preocupado em ser atacado na manifestação porque os Antifas o haviam escolhido pelo nome, na descrição do evento online.

“Estou nervoso com o protesto de Portland Antifa de amanhã. Eles estão prometendo “confronto físico” e optaram por ser agressivos. Eu fui no Tucker Carlson no ano passado para explicar porque eu acho que eles estão fazendo isso: eles estão buscando significado através da violência”, escreveu Ngo.

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