Por Vanessa Serna
Alguns profissionais médicos estão prometendo combater uma possível nova lei na Califórnia que tenta ameaçar suas licenças médicas por espalhar “desinformação da COVID-19” – chamando o esforço de “inconstitucional” e “ilegal”.
O deputado da Califórnia Evan Low (democrata) apresentou o Projeto de Lei 2098 no dia 15 de fevereiro, o que impediria médicos e cirurgiões licenciados de espalhar informações erradas sobre a COVID-19. Se aprovada, a lei injetaria ações disciplinares do Conselho Médico da Califórnia ou do Conselho Médico Osteopático da Califórnia para prestadores de cuidados que promovem supostas desinformações.
“A ideia de que eles vão atrás de médicos que espalham desinformação, sem definir o que é desinformação, [é] assustadora”, declarou o médico Dr. Jeff Barke ao Epoch Times.
Em meio à pandemia, Barke estava entre a minoria de profissionais de saúde sem medo de desafiar a ciência por trás das máscaras e vacinas promovidas pelo Departamento de Saúde Pública da Califórnia e Centros de Controle e Prevenção de Doenças – requisitando a liberdade de escolha individual.
Barke, um médico particular em Newport Beach, lutou continuamente contra os mandatos da COVID-19 e pediu que as escolas da Califórnia reabrissem – relatando que é estatisticamente improvável que as crianças morram devido ao vírus.
Embora Barke seja contra os mandatos – especialmente os mandatos de vacinação contra a COVID-19 para crianças – ele garante que não é antivacina.
Como a ameaça de censura persiste entre alguns profissionais da saúde, Barke afirma que teme que estudos científicos estejam em risco – já que aqueles que desafiaram vacinas e máscaras serão potencialmente forçados a submissão.
“A ciência não é sobre consenso. Não se trata de acordo. Trata-se de compartilhar e debater ideias”, afirmou Barke. “Esse compartilhamento e debate de ideias não foi permitido durante a crise da COVID”.
Mark McDonald, psiquiatra de consultório particular em Los Angeles, afirmou que se mantém imperturbável com a proposta do projeto de lei – afirmando que continuará a expressar sua opinião contra os mandatos da COVID-19 até que seja expulso do estado.
“Se eles quiserem me desafiar, eu os levarei ao tribunal”, afirmou McDonald ao Epoch Times. “Estamos entrando no terceiro ano dessa bobagem e acho que quando você se levanta e não cede um centímetro, na maioria dos casos, os valentões são realmente covardes e desmoronam”.
McDonald tem se manifestado repetidamente contra a vacina da COVID-19, máscaras, mandatos de distanciamento social e fechamento de escolas em eventos presenciais ou nas mídias sociais. A maior parte do que ele colocou online foi sinalizada como desinformação ou removida, relatou ele.
No entanto, McDonald persistiu.
“Todos os médicos realmente precisam se levantar e fazer o que é certo, em vez de se encolher de medo e censurar suas palavras”, afirmou McDonald.
Embora deixar o estado para evitar perder sua licença seja uma opção, McDonald disse que planeja ficar.
“Enquanto houver algo pelo que lutar, você deve ficar onde está e lutar”, afirmou McDonald. “Acho que a Califórnia ainda tem algo de bom. Não muito, mas ainda tem algumas coisas boas e enquanto algo puder ser recuperado, acho que quem é lutador precisa ficar e lutar”.
Além do projeto de lei 2098, autoridades estaduais estão solicitando o apoio de legisladores para criar um novo departamento contra a desinformação da COVID-19, anunciou o governador Gavin Newsom, no dia 17 de fevereiro.
“Continuaremos com as denuncias”, afirmou Newsom. “Questionamos às pessoas que continuam a promover mentiras e desinformação”.
Citada no projeto de lei, a desinformação refere-se à disseminação de informações que se opõem à “segurança” das vacinas, conforme confirmado por meio de avaliação pela Food and Drug Administration (FDA).
“A disseminação de desinformação sobre as vacinas contra a COVID-19 enfraqueceu a confiança do público e colocou vidas em graves riscos”, afirma a legislação.
A legislação detalha ainda como os “grandes meios de comunicação” relataram “informações perigosas” e “incorretas” sobre as vacinas.
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