Por Dave Paone
Ghislaine Maxwell, cúmplice do falecido criminoso sexual, Jeffery Epstein, compareceu ao tribunal federal em 24 de novembro para sua última conferência pré-julgamento.
Em junho, Maxwell foi indiciada, por um grande júri, decorrente de seis acusações por tráfico sexual de uma menor, em nome de Epstein e seus comparsas.
A juíza Alison Nathan foi designada para o caso no Tribunal dos Estados Unidos, Distrito Sul de Nova Iorque.
O objetivo da conferência era amarrar as pontas soltas antes do início do julgamento, em 29 de novembro, e cobrir a logística do primeiro dia.
Algumas questões foram discutidas entre o juiz, a promotoria e a defesa.
Cada vez que a promotoria e a defesa chegavam a um acordo, Nathan expressava sua alegria.
No entanto, ocorreram três episódios de desentendimento no encontro, que durou cerca de uma hora.
O advogado de defesa, Jeffrey Pagliuca, já havia escrito à juíza que uma página do livro de endereços de Epstein havia sido modificada por Alfredo Rodriquez – um ex-funcionário de Epstein, após roubar o livro e posteriormente tentar vendê-lo – o que tornou a página inautêntica.
Quando Pagliuca começou seu discurso, Nathan o interrompeu afirmando: “Eu não quero um discurso. Terão uma discussão madura e razoável [com a promotoria] o que levará a um acordo”.
A segunda troca envolveu Pagliuca e Nathan novamente. A defesa planeja apresentar documentos extensos para serem julgados, mesmo que não sejam apresentados como prova.
Pagliuca solicitou que esses documentos sejam visualizados em monitores de vídeo, ao invés de cópias impressas.
Ele insistiu que o número de páginas era tão grande que haveria problemas “substanciais” com tal quantidade de papel.
A juíza não percebeu o problema e sugeriu que um conjunto fosse impresso e colocado em uma pasta para a promotoria ver quando necessário.
Pagliuca se manteve firme e insistiu no vídeo. Após uma longa discussão, ele cedeu.
A terceira discussão foi entre Nathan e a promotoria. Uma de suas testemunhas, conhecida como Victima Menor-3, supostamente “sofreu contato sexual indesejado e traumático com Jeffery Epstein quando tinha 17 anos”.
O debate girou em torno da possibilidade de Nathan declarar ao júri que eles não poderiam condenar “apenas” com base em seu testemunho. A advogada de acusação, Lauren Pomerantz, e Nathan tiveram uma discussão de cinco minutos sobre linguística.
Nathan não se pronunciou sobre os termos e afirmou que consideraria a linguagem.
Maxwell estava sentada em silêncio à mesa da defesa, vestindo calças cinza, um top preto e uma máscara preta. Um oficial de justiça pairava nas proximidades.
A seleção do júri está em andamento.
Quando a conferência terminou, Nathan agradeceu a todos e desejou-lhes um feliz Dia de Ação de Graças.
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