María Corina Machado reaparece em público em meio ao clamor de milhares de pessoas reunidas em Caracas

Por Agência de Notícias
17/08/2024 23:06 Atualizado: 17/08/2024 23:06

A líder da oposição María Corina Machado reapareceu em público neste sábado (17), para participar na manifestação contra o resultado oficial das eleições presidenciais, que afirma terem sido vencidas pelo opositor Edmundo González Urrutia.

María Machado reaparece após duas semanas em que permaneceu sob proteção, temendo por sua “liberdade e sua vida”, como explicou em um extenso artigo publicado no The Wall Street Journal, embora não tenha deixado de se expressar através de entrevistas em vários meios de comunicação e publicações nas redes sociais, convidando os venezuelanos a não abandonar a luta pela verdade das eleições.

Hoje, no popular caminhão de campanha, milhares de manifestantes que atenderam ao seu apelo para continuar o protesto pacífico e foram acompanhados por vários opositores, como Delsa Solórzano, Biagio Pilieri e César Pérez Vivas, entre outros.

Machado foi escoltada por uma caravana de veículos motorizados, como aconteceu durante a campanha eleitoral enquanto defendia o voto em González Urrutia, e nas duas saídas públicas realizadas após as eleições, cujo resultado oficial desencadeou protestos de cidadãos exigindo a publicação da ata oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), algo que ainda não ocorreu.

O antichavismo afirma ter compilado através de testemunhas e membros da mesa, “83,5% das atas”, que  dão a vitória a González Urrutia por ampla margem sobre Maduro, tese apoiada por vários países e organizações nacionais e internacionais, incluindo o painel de peritos eleitorais da ONU que testemunhou as eleições e o Centro Carter, que também enviou uma missão de observação.

O protesto deste sábado ocorreu nas principais cidades da Venezuela, onde milhares de pessoas, com bandeiras e cópias das atas eleitorais publicadas em um site pela oposição, exigem “a verdade” dos resultados das eleições presidenciais.

Além disso, em mais de 300 locais em vários países do mundo, segundo a oposição, milhares de venezuelanos reuniram-se para aderir à reivindicação do PUD.