A líder opositora Maria Corina Machado convocou neste sábado (03) uma luta “pacífica e cívica” com “força”, porque, segundo ela, as eleições de 28 de julho na Venezuela representaram um “marco” no qual começou a “transição para a democracia” do país.
“O dia 28 de julho é um marco com base no qual a transição para a democracia começou na Venezuela”, declarou Machado a milhares de venezuelanos que se reuniram em uma região no leste de Caracas.
Em meio a gritos de “liberdade”, Machado destacou a força dos cidadãos que saíram às ruas apesar da repressão contra as manifestações que ocorreram entre segunda e terça-feira, em rejeição aos resultados fraudulentos das eleições que deram como vencedor o ditador Nicolas Maduro.
“Depois de uma repressão brutal, eles pensaram que iam nos silenciar, nos amedrontar ou nos paralisar, a presença de cada um de vocês aqui mostra ao mundo a magnitude da força e o que significa que vamos até o fim”, afirmou Machado.
Ela também disse que, nos últimos dias, houve alegações de perseguição contra fiscais eleitorais, e afirmou que o “medo” está do lado do regime de Maduro.
“Hoje o medo está em outro lugar (…) a nossa é uma luta cívica e pacífica, mas não é uma luta fraca”, disse.
A ex-deputada declarou que não renunciará ao direito de protestar pacificamente e que não aceitará uma “chantagem” que “equipara as vítimas aos criminosos”.
“Não temos armas de fogo, é o regime que as usa contra a população, protesto cívico e pacífico não é violência”, acrescentou.
Milhares de pessoas se reuniram em Caracas e em outras cidades venezuelanas neste sábado para protestar contra os resultados da eleição presidencial anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Machado foi recebida no protesto sob o grito de “liberdade”, depois de declarar que teme por sua vida.