A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi libertada horas após ser detida pelo regime de Nicolás Maduro, nesta quinta-feira (9).
Maria Corina foi levada por membros do regime chavista enquanto saía de uma manifestação em Chacao, nos arredores da capital Caracas, contra a posse de Maduro, marcada para esta sexta-feira (10). O ditador pretende assumir seu terceiro mandato.
Segundo o relato de assessores de Maria Corina, membros do governo comunista interceptaram a moto em que ela estava e dispararam armas de fogo.
A líder da oposição contou que ficou detida por algumas horas e foi obrigada a gravar vídeos.
Primeira aparição pública em cinco meses
A manifestação desta quinta-feira (9) foi a primeira vez em cinco meses que Maria Corina apareceu em público, desde as eleições presidenciais na Venezuela. Durante a semana, ela havia convocado protestos em várias cidades do país e ao redor do mundo contra a posse do ditador Maduro.
“Esta força que construímos e que cresce a cada dia nos preparou para esta fase final”, disse Maria Corina para a multidão antes de ser detida. “Seja o que for que façam amanhã, eles acabaram de se enterrar!”
Através da imprensa controlada pelo seu regime, Maduro negou a prisão da opositora e afirmou que se tratava de uma ‘distração’ e uma ‘ideia vendida’ pela direita.
Devido a ameaças de prisão por parte do regime de Maduro, Maria Corina está vivendo em um esconderijo na Venezuela.
Cerca de 2 mil presos políticos
Desde as eleições de 28 de julho, cerca de 2 mil pessoas foram detidas pelo regime bolivariano. Esta semana, o genro de Edmundo González, reconhecido por diversos líderes mundiais como o verdadeiro presidente eleito da Venezuela, foi preso ao deixar os filhos na escola.
Entre os presos políticos pelo regime comunista, também está Carlos Correa, diretor da renomada organização sem fins lucrativos Espacio Público.