A líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, disse que o comparecimento às eleições presidenciais que estão sendo realizadas neste domingo (28) no país é “apoteótico”, destacando a organização dos cidadãos, que se dirigiram às seções eleitorais desde o início da manhã.
“Vimos como os centros estão cheios de gente (…) em todos os centros do país o que estamos vendo é uma participação apoteótica e me sinto muito orgulhosa de ser venezuelana e destas nossas gerações que, em um dia como hoje, superando todos e cada um dos obstáculos, estão realizando um sonho”, declarou Machado, após votar.
A ex-deputada indicou que houve apenas incidentes em 1.300 seções eleitorais, das 30.026 instaladas, mas que foram resolvidos e que apenas 12 permanecem com “alguns problemas”.
A opositora denunciou que há seções eleitorais nas quais se pede a “digitalização” da carteira de identidade, um requisito que não está contemplado na legislação, razão pela qual pediu que isso seja eliminado como procedimento e que o processo de votação seja acelerado.
Machado enfatizou que esses relatos de incidentes durante o dia foram exceções, já que, segundo ela, o processo de votação foi pacífico.
“Também quero reconhecer que, até agora, o comportamento do Plano República (das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas), como esperávamos, está de acordo com o mandato que os cidadãos militares têm no artigo 328 da Constituição”, acrescentou, referindo-se ao fato de que a instituição militar é ‘profissional, sem militância política’.
O candidato presidencial da oposição majoritária – a Plataforma Unitária Democrática (PUD) – Edmundo González Urrutia, disse estar confiante de que as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas “garantirão que os resultados das eleições sejam respeitados”.
O ex-embaixador, que assegurou que mais de 99% das seções eleitorais estão operando normalmente, pediu aos venezuelanos que verifiquem qualquer informação relacionada ao processo porque, segundo advertiu, “os boatos profissionais são muito ativos na tentativa de confundir o povo”.
Mais de 21 milhões de pessoas foram convocadas para o pleito, para escolher entre dez candidatos, entre eles Urrutia e o atual presidente, Nicolás Maduro.