O Tribunal Basmanny, de Moscou, decretou nesta segunda-feira a prisão preventiva de dois meses para outros três envolvidos no atentado cometido na última sexta nos arredores de Moscou, que deixou ao menos 137 mortos, de acordo com informações da imprensa russa.
A prisão dos suspeitos havia sido solicitada horas antes pelo Comitê de Investigação Russo, um dos órgãos que investiga a tragédia na casa de shows Crocus City Hall.
Os detidos são Aminchon Islomov, Dilovar Islomov e Isroil Islomov. Pai e seus dois filhos, segundo a imprensa local.
De acordo com o portal “Mediazona”, Dilovar era proprietário até poucos dias do carro em que os perpetradores do ataque fugiram, um Renault branco.
O homem, de 24 anos e origem tadjique, tem cidadania russa e trabalhava como taxista na cidade de Tver, perto de Moscou.
Durante a audiência, Dilovar rejeitou as acusações contra ele e garantiu que é inocente. “Nós nos entregamos quando reconhecemos o carro (nas imagens do local do ataque)”, disse.
Na véspera, o mesmo tribunal enviou quatro cidadãos tadjiques para prisão preventiva por um período de dois meses, acusados de perpetrar o ataque terrorista na Crocus City Hall.
Os quatro supostos autores do crime foram acusados de terrorismo e podem pegar prisão perpétua.
Vários políticos russos já sugeriram a necessidade de restabelecer a pena de morte para os condenados por terrorismo.
No total, as forças de segurança russas prenderam 11 pessoas ligadas ao ataque, reivindicado pelo Estado Islâmico, quatro das quais participaram pessoalmente no massacre.
Segundo os últimos dados oficiais, o ataque à casa de shows, a 20 quilômetros do centro de Moscou, deixou ao menos 137 mortos e 182 feridos.