Mais de dez países consideram seguir exemplo dos EUA e mudar suas embaixadas para Jerusalém

27/12/2017 22:25 Atualizado: 27/12/2017 22:25

O Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que está em contato com mais de dez países que estão considerando mudar suas embaixadas para Jerusalém.

A notícia vem depois que o presidente estadunidense Donald Trump anunciou no início deste mês que os Estados Unidos reconheceriam oficialmente Jerusalém como a capital de Israel e moveriam sua embaixada para lá.

O movimento é exigido sob a lei dos EUA desde 1995, mas foi repetidamente adiado pelos presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama.

Israel, Jerusalém, capital, embaixadas - Uma visão aérea da Cidade Velha de Jerusalém em 24 de setembro de 2002 (Gali Tibbon/AFP /Getty Images)
Uma visão aérea da Cidade Velha de Jerusalém em 24 de setembro de 2002 (Gali Tibbon/AFP /Getty Images)

Trump disse que estão sendo feitos preparativos, como o projeto de uma nova embaixada. Não está claro quando exatamente a embaixada se mudará de Tel Aviv para Jerusalém.

Na semana passada, a Guatemala anunciou que decidiu transferir sua embaixada para Jerusalém, o primeiro país a fazer isso após o anúncio de Trump.

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Tzipi Hotovely, o vice-ministro das relações exteriores de Israel, disse à rádio pública israelense Kan Bet que mais de dez países estavam considerando fazer uma mudança semelhante, mas ele se recusou a identificar quais países.

O Times of Israel informou que o chefe do parlamento da Romênia, Liviu Dragnea, disse que o país também deveria “considerar seriamente” mover sua embaixada para Jerusalém.

A Guatemala também foi uma das nove nações que votaram contra uma resolução não vinculativa das Nações Unidas que se opôs à decisão dos EUA de mudar sua embaixada para Jerusalém.

Israel, Jerusalém, capital, embaixadas - Nikki Haley, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, fala durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, na sede da organização em Nova York, em 29 de novembro de 2017 (Drew Angerer/Getty Images)
Nikki Haley, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, fala durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, na sede da organização em Nova York, em 29 de novembro de 2017 (Drew Angerer/Getty Images)

Os Estados Unidos condenaram o resultado da votação e o presidente Trump disse que lembraria o nome dos países que votaram em favor da resolução.

Entre os que apoiaram a controversa resolução estão alguns aliados dos EUA, como o Reino Unido e a Alemanha.

“A decisão do presidente reflete a vontade do povo americano e o nosso direito como uma nação para escolher a localização da nossa embaixada”, disse Nikki Haley, a embaixadora dos EUA na ONU, antes da votação.

“Os Estados Unidos se lembrarão deste dia em que foi alvo de ataque na Assembleia Geral pelo próprio ato de exercer nosso direito como uma nação soberana”, disse ela.

Israel, Jerusalém, capital, embaixadas - O presidente estadunidense Donald Trump visita o Muro das Lamentações em Jerusalém em 22 de maio de 2017 (Ronen Zvulun/AFP/Getty Images)
O presidente estadunidense Donald Trump visita o Muro das Lamentações em Jerusalém em 22 de maio de 2017 (Ronen Zvulun/AFP/Getty Images)

A resolução foi aprovada com 128 países votando a favor, nove países votaram contra e houve 35 abstenções.

Os Estados Unidos fazem a maior contribuição para o orçamento anual da ONU, tendo fornecido US$ 594 milhões em 2016, ou 22%.

No total, os Estados Unidos contribuem anualmente com US$ 3 bilhões para a ONU, incluindo o orçamento anual e outros itens, como o financiamento de missões de manutenção da paz.

Em 26 de dezembro, Haley anunciou um corte de US$ 285 milhões na contribuição dos Estados Unidos para o orçamento operacional da ONU.