Um total de 76 pessoas acusadas de planejar a celebração de um casamento homoafetivo foram detidas no estado de Gombe, no nordeste da Nigéria, confirmaram nesta terça-feira à Agência EFE as autoridades.
As prisões ocorreram no último sábado, embora só tenham sido reveladas recentemente.
Buhari Saad, porta-voz estatal do Corpo de Segurança e Defesa Civil da Nigéria (NSCDC), uma organização paramilitar do governo, disse que os suspeitos foram presos em uma festa de aniversário organizada por um casal que se ia casar.
“Sim, os nossos homens prenderam 76 suspeitos de serem homossexuais em uma festa de aniversário em Duwa Plaza, junto à autoestrada Bauchi-Gombe, no sábado”, declarou hoje Saad à EFE.
O porta-voz explicou que “a festa foi organizada por um deles, que ia casar com seu amante. Dos detidos, 59 são homens e também foram presas 17 mulheres presentes na festa”.
Segundo informações, 21 suspeitos confessaram ser homossexuais, embora um número desconhecido tenha conseguido fugir.
“As relações entre pessoas do mesmo sexo são contrárias a lei e a nossa cultura. Vamos capturar os suspeitos que fugiram e todos eles serão levados à Justiça”, acrescentou Saad.
Em setembro, um tribunal da Nigéria libertou sob fiança 69 pessoas acusadas de serem homossexuais e de participarem de um suposto casamento homoafetivo no sul do país, depois de permanecerem sob custódia policial desde 27 de agosto.
A homossexualidade é proibida na Nigéria e é considerado um crime que acarreta penas que podem ir até 14 anos de prisão.
Em algumas zonas do norte do país, onde a Sharia (lei islâmica) é aplicada, pode envolver a pena de morte por apedrejamento, embora na prática os condenados acabem geralmente por ser punidos com flagelação.
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