Mais de 300 pessoas são detidos em hospital Al Shifa após 1º dia de negociações de trégua

Por Agência de Notícias
19/03/2024 22:47 Atualizado: 19/03/2024 22:47

As Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que já prenderam mais de 300 pessoas na operação militar que continua ativa no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, ao mesmo tempo em que o chefe do Mossad retornou a Israel procedente do Catar, depois que uma contraproposta de trégua foi enviada ao grupo terrorista palestino Hamas.

De acordo com comunicado das FDI, os detidos no hospital incluem terroristas proeminentes de Hamas e Jihad Islâmica Palestina, sem dar mais detalhes, supostamente envolvidos no planejamento de ataques na Cisjordânia.

Segundo fontes militares israelenses, entre os detidos estavam membros da unidade de propaganda do Hamas e da unidade de foguetes da Jihad Islâmica, que estão sendo interrogados pela inteligência israelense “antes de serem levados a Israel para uma investigação mais aprofundada”.

Além dessas prisões – e da morte de cerca de 50 supostos terroristas- também houve ataques intensos no último dia em toda a Faixa de Gaza.

Na operação de ontem em Al Shifa, Israel alegou ter matado Faiq Mabhouch, que disse ser o chefe da segurança interna do Hamas.

Contraoferta enviada ao Hamas

Em Israel, o chefe do Mossad, David Barnea, retornou nesta manhã de Doha, capital do Catar, para informar o gabinete de guerra sobre qualquer progresso após o início das negociações, que mais uma vez tentam chegar a uma trégua e a um acordo para libertar 134 reféns mantidos pelo Hamas.

Uma autoridade israelense de alto escalão que pediu anonimato disse nesta terça-feira, conforme revelado pelo Channel 12 News, que há “pessimismo” sobre a possibilidade real de se chegar a um acordo, mas, de acordo com o porta-voz das relações exteriores do Catar, Majed Al Ansari, uma contraproposta foi enviada ao Hamas.

“Essas idas e vindas continuarão com mais reuniões. A situação é bastante fluida e, nesse estágio, não posso dar um cronograma ou passos claros (sobre as negociações)”, comentou, embora a imprensa israelense tenha previsto ontem que isso poderia levar várias semanas.

De acordo com o último esboço na mesa, o Hamas continua a exigir um cessar-fogo permanente para a guerra, algo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu nunca considerou, bem como a libertação de 35 a 40 civis (mulheres, crianças e idosos) por cerca de 800 prisioneiros palestinos, e cinco mulheres soldados israelenses por cerca de 50 prisioneiros a mais cada, alguns dos quais estão cumprindo penas de prisão perpétua.