Maioria dos economistas concorda: Trump está impulsionando mercado, crescimento e emprego

19/01/2018 17:24 Atualizado: 19/01/2018 17:24

O presidente Donald Trump ganhou um importante reconhecimento em uma pesquisa feita com economistas sobre o impacto de seu primeiro ano de governo no mercado de ações, no crescimento econômico e na criação de empregos, de acordo com um estudo realizado pelo Wall Street Journal.

Dos 68 economistas pesquisados, quase 90% concordaram que Trump teve impacto fortemente positivo ou algo positivo no mercado de ações.

Além disso, 76% concordaram que o presidente teve um impacto fortemente positivo ou algo positivo no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e 63% disseram ter percebido um impacto muito positivo ou algo positivo na criação de empregos.

A maioria dos economistas afirmaram que Trump teve um efeito neutro ou positivo no crescimento financeiro em longo prazo e um impacto em grande parte neutro sobre a estabilidade financeira.

“Definitivamente, há o sentimento na comunidade empresarial de que as ações do presidente relativas aos impostos e regulações levaram a um ambiente mais favorável para que o crescimento ocorra”, disse Chad Moutray, economista-chefe da Associação Nacional de Fabricantes, para o The Wall Street Journal.

Este período, Trump obteve uma pontuação positiva ou neutra na maioria das categorias, enquanto o presidente Barack Obama recebeu, há um ano, avaliações negativas ou neutras quanto ao crescimento do PIB e ao crescimento de longo prazo na mesma época.

Desde que Trump assumiu o cargo, o desemprego caiu para o nível mais baixo em 17 anos, o mercado de ações está no ponto mais alto de todos os tempos e o PIB está crescendo mais rápido do que o estimado.

A maioria dos economistas também argumentam que o pacote de reformas fiscais de Trump impulsionará a economia por pelo menos vários anos, de acordo com o The Wall Street Journal. Esse impulso pode ser uma bênção para os republicanos que o apoiaram, quando ocorrerem as próximas eleições, e a ruína para os democratas dos quais nenhum votou pelos cortes de impostos.

“Você percebe como são as falsas notícias da mídia tradicional? Ela não gosta de cobrir os acertos e triunfos econômicos em suas reportagens, e ela fala sobre tudo o que é negativo ou pode se transformar em algo negativo. O engano da colusão com a Rússia está morto, menos para os democratas. O público sabe disso”, escreveu Trump em seu Twitter em 16 de janeiro.

A lei de redução de impostos significou a entrega de títulos diretos de até 3.000 dólares a mais de 2 milhões de trabalhadores norte-americanos, de acordo com uma lista mantida pelo grupo Americans for Tax Reform.

Muitas empresas também estão aumentando os salários mínimos, comprometendo-se a investir mais nos Estados Unidos, diretamente como resultado da reforma tributária, disse Liz Peek, colunista do The Fiscal Times, Fox News e The New York Times.

Os democratas minimizaram o sucesso dos títulos diretos. A líder da oposição Nancy Pelosi (Democratas da Califórnia) Classificou os títulos de “migalhas” e os definiu como “patéticos”. No entanto, contraditoriamente, Pelosi comemorou um corte de impostos de 40 dólares, garantido pelo presidente Barack Obama em 2011, chamando-o de “uma vitória para todos os americanos” e que “fez a diferença”, relatou a Fox.

Presidente dos EUA Donald Trump ergue o punho ao embarcar no Air Force One, saindo da Joint Base Andrews em Maryland, EUA, em 12 de janeiro de 2018 (Reuters/Kevin Lamarque)
Presidente dos EUA Donald Trump ergue o punho ao embarcar no Air Force One, saindo da Joint Base Andrews em Maryland, EUA, em 12 de janeiro de 2018 (Reuters/Kevin Lamarque)

De qualquer forma, as reações dos democratas à lei fiscal e às políticas da Trump, somadas à intensa campanha da mídia, estão tendo impacto na opinião pública.

Como resultado, apesar do que a maioria dos economistas pesquisados pelo jornal dizem, 49% dos norte-americanos dão crédito a Obama pelas mudanças positivas na economia, enquanto apenas 40% atribuem isso a Trump, de acordo com um estudo do grupo Quinnipiac.

Dos entrevistados por Quinnipiac, 23% eram republicanos e 34% democratas, uma diferença de 11 pontos que poderia inclinar a opinião pública a favor de Trump se fosse corrigida.

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