Por Jarbas Aragão, Gospel Prime
A Venezuela vive um colapso econômico e social que parece não ter fim. A crise humanitária – resultado do regime socialista bolivariano de Hugo Chávez e Nicolás Maduro – já provocou a fuga de cerca de 3 milhões de venezuelanos.
No final do mês passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) liberou um fundo de emergência de US$ 9,2 milhões [R$ 35,5 milhões] para socorrer a Venezuela, a primeira assistência destinada ao país. Mas é muito pouco para o tamanho da necessidade.
Agora, o ditador Maduro anuncia que fechou acordos com a Rússia que resultarão em investimentos de mais de US$ 6 bilhões. Ele diz que serão destinados a projetos nos setores de petróleo e minas.
“Estamos organizando um investimento petroleiro acima de 5 bilhões de dólares” e “contratos acima de 1 bilhão de dólares” para a exploração de ouro, discursou Maduro na televisão estatal nesta quinta-feira (6).
O acordo foi divulgado no dia seguinte ao encontro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. Num recado a Donald Trump, o líder russo repudiou as tentativas de mudar “à força” o regime venezuelano.
A ajuda a Maduro vem na sequência de outro acordo, assinado pelo presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que fez sua primeira visita oficial à Venezuela na terça (4). Ele saiu de lá com a promessa de investimentos de mais de US$ 5 bilhões “em diferentes áreas”.
“Cobriremos a maioria das necessidades da Venezuela”, garantiu Erdogan, sem dar detalhes dos acordos bilaterais. Com a economia arruinada, o aporte vindo de Turquia e Rússia pode ser a tábua de salvação de Maduro.
O analista político Carlos Romero avalia que essa aproximação vem de afinidades ideológicas, mais que econômicas: “A Venezuela negocia com países que têm duas características fundamentais: posições antiocidentais e caráter autoritário”.