Por Shareamerica
O regime de Maduro incentiva grupos terroristas internacionais a operar livremente na Venezuela, de acordo com um relatório do Departamento de Estado dos Estados Unidos.
O Relatório Nacional sobre Terrorismo de 2019, divulgado em 24 de junho, documenta o terrorismo colombiano e também as organizações religiosas da Venezuela que não só têm permissão para operar no país, mas também o líder ilegítimo Nicolás Maduro os encoraja a ficar.
“Maduro e seus associados usam atividades criminosas para ajudar a manter seu controle ilegítimo do poder, promovendo um ambiente permissivo para grupos terroristas conhecidos”, diz o relatório, “incluindo dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-D), do Simpatizantes do Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) e do Hezbollah”.
Segundo o relatório, as FARC-D e o ELN beneficiam e dirigem parte do comércio internacional ilegal de drogas da Venezuela. O ELN supervisiona operações de mineração ilegais e arrecada dinheiro com o sequestro de civis.
Enquanto a vizinha Colômbia tentou parar a influência dos grupos na América do Sul, Maduro permite. O regime não atualizou sua legislação antiterrorismo em 2019 para refletir a presença crescente de qualquer uma das duas organizações terroristas na Venezuela, nem fez qualquer esforço para processar os grupos.
Além disso, “Nicolás Maduro recebeu abertamente ex-líderes das FARC que anunciaram um retorno às atividades terroristas”, diz o relatório.
Em 28 de julho de 2019, durante o Fórum de São Paulo em Caracas, Maduro disse que Iván Márquez e Jesús Santrich, ex-líderes das FARC, eram bem-vindos no país. Um mês depois, tanto Márquez quanto Santrich apareceram em um vídeo, convocando as FARC a voltarem às armas contra o governo colombiano, segundo o relatório.
A Assembleia Nacional denunciou imediatamente essas ações e continua a criticar a política de braços abertos de Maduro em relação às FARC e ao ELN. Em outubro de 2019, designou o Hezbollah, o ISIS e o ELN como organizações terroristas, de acordo com o relatório.
Segundo a Assembleia Nacional, Maduro dá ao ELN o controle dos estados fronteiriços, como Táchira, onde o grupo saqueia cidades e ameaça com violência.
O presidente em exercício, Juan Guaidó, pediu recentemente às Forças Armadas Nacionais da Venezuela que se manifestem e protejam o país da presença crescente do ELN.
“Forças Armadas, a ordem é simples: exerçam a soberania e façam cumprir a constituição”, disse Guaidó no Twitter. “Não fazer isso é submeter-se à vergonha de continuar colaborando com um narcotraficante e continuar fechando as portas do mundo ao apoio que os venezuelanos precisam hoje”.
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