O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reafirmou nesta quinta-feira (23) seu compromisso com a unidade regional no 16º aniversário da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), bloco cujos países-membros estão tentando reforçar após anos de crise.
“Convencidos de que a união continental é uma necessidade inadiável, reafirmamos os propósitos que nos uniram naquele momento de fundação: a paz, o resgate da identidade, a estabilidade e a prosperidade na região”, disse Maduro em mensagem na rede social X (ex-Twitter).
Ele afirmou que esses princípios – estabelecidos na carta de fundação do bloco, assinada em 2008 – “continuam sendo uma nobre aspiração e uma justa demanda” dos povos da América do Sul.
A Unasul entrou em crise em 2017 quando os 12 países-membros não conseguiram chegar a um acordo sobre um novo secretário-geral, situação que foi agravada por posições conflitantes sobre os protestos contra o regime da Venezuela e o subsequente questionamento da legitimidade de Maduro por vários países.
Entre 2018 e 2020, vários países latino-americanos, incluindo Brasil e Argentina, na época com governos contrários ao comunismo e suas vertentes esquerdistas, decidiram deixar o bloco, alegando que ele era ideologizado à esquerda, de modo que a Unasul, na qual apenas Guiana, Suriname, Bolívia, Venezuela e Peru permaneceram, foi desativada na prática.
Em 2023, devido principalmente ao retorno de Lula ao poder, o líder principal da esquerda latino-americana, os governos também socialistas da Argentina e Colômbia anunciaram seus retornos à organização.