O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta terça-feira (17) para que os trabalhadores de todo o país saiam às ruas para protestar contra as sanções impostas pelos Estados Unidos, as quais descreveu como “tortura”.
“A classe operária tem de se manter firme na defesa da independência da pátria, e é a classe operária que tem de sair às ruas para dizer ao imperialismo, com uma só voz, que basta de sanções, basta de bloqueios contra a Venezuela, basta de torturas e perseguições contra a vida econômica da Venezuela”, afirmou em ato televisionado.
O ditador incentivou a classe operária a tomar esta iniciativa em todos os estados do país, seguindo o exemplo dos trabalhadores de Guayana, no estado de Bolívar, “que há uma semana saíram às ruas aos milhares para dizer basta de sabotagem, basta de guarimba (protesto violento), basta de sanções criminais”.
O sindicalista Rubén González disse à Agência EFE na sexta-feira passada que pelo menos dez trabalhadores foram presos na última semana depois de protestarem para exigir melhores salários e o cumprimento dos acordos de negociação coletiva nas empresas da indústria de base de Guayana.
González explicou que os empregados das diferentes empresas dedicadas à produção de aço, alumínio, ferro, entre outros, exigem que o salário em bolívares seja pago com referência à taxa do dólar americano publicada pelo Banco Central da Venezuela (BCV), que atualmente é de 19,97 bolívares por dólar.
Milhares de funcionários públicos também protestaram durante a última semana em quase todas as regiões do país para exigir aumentos salariais.
No sábado, professores pró-chavismo organizaram uma passeata em Caracas para expressar apoio ao governo, ao mesmo tempo que pediram alternativas para “recuperar” o poder de compra “em meio da guerra econômica”.
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