Maduro pede maior apoio de China e Índia para os países do Sul Global

Por Agência de Notícias
16/09/2023 09:31 Atualizado: 16/09/2023 09:31

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu nesta sexta-feira “maior apoio e ajuda” de China e Índia para que o chamado Sul Global desenvolva tecnologia e avance em saúde, agricultura e exploração espacial.

Falando no primeiro dia da Cúpula do G77+China em Havana, Maduro pediu às “novas potências emergentes” que compõem o grupo que liderem uma “cooperação tática de maior impacto”.

“Temos que pedir a eles (Pequim e Nova Délhi) que nos permitam avançar mais no acesso ao conhecimento, à tecnologia aplicada à saúde, à agricultura, à produção de alimentos (…) e à gestão do espaço extraterrestre, do qual não podemos abrir mão, por menores que sejam nossos países”, disse.

O ditador venezuelano enfatizou a necessidade de implementar medidas para que os países tenham maior participação nas “redes sociais e na internet”, uma vez que esta última não tem “nenhum controle”.

Além disso, ele pediu uma “iniciativa global dentro das Nações Unidas para acabar com as medidas coercitivas unilaterais contra todos os países do mundo”, em referência às sofridas por seu país e também pelo anfitrião da cúpula, Cuba, por parte dos Estados Unidos.

O G77+China é o maior fórum de consulta e diálogo no âmbito da ONU, que reúne toda a América Latina e o Caribe – exceto o México -, a África, o Oriente Médio e grande parte da Ásia – exceto a Rússia.

A cúpula, que tem como objetivo reduzir a lacuna tecnológica entre Norte e Sul e é intitulada “Desafios do desenvolvimento atual: o papel da ciência, tecnologia e inovação”, será concluída neste sábado com uma nova sessão de discussão e a apresentação da declaração final.

O evento, do qual participam cerca de 30 chefes de Estado e de Governo – entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva – e mais de 100 delegações, é, de acordo com muitos especialistas, um sucesso diplomático para Havana, mas também um enorme desafio logístico e econômico para o país, imerso em uma profunda crise.

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