O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu recentemente ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que seu país recupere o direito de voto na Assembleia Geral do organismo internacional, o qual perdeu por não ter conseguido cumprir suas contribuições devido às sanções, segundo garantiu o próprio governante nesta sexta-feira.
“As sanções nos impedem de ter contas bancárias para pagar nossas cotas, nossas obrigações, na Organização das Nações Unidas, e nos tiraram do sistema de votação. Temos direito a voz, mas não temos direito a voto. (…) Agora eu disse ao secretário-geral (…) que resolva esse problema para nós”, declarou Maduro em um ato transmitido pela emissora estatal “VTV”.
O ditador venezuelano assegurou que é uma “obrigação” e “um dever” de Guterres “resolver” para que o país caribenho, “tendo os recursos e o dinheiro, possa ter uma conta bancária para pagar e ter direito a voto”.
Maduro lamentou que a Venezuela não tenha podido votar ontem a favor do fim do embargo dos Estados Unidos contra Cuba – que recebeu 185 votos a favor -, embora tenha exercido “plenamente” seu direito de voz.
“A Venezuela esteve lá com sua verdade, com sua voz bolivariana, para dizer: ‘Estamos com Cuba, somos contra o bloqueio criminoso de 60 anos que martirizou, torturou e perseguiu Cuba'”, destacou.
“A grande vitória de Cuba. É uma vitória (…) que dá a Cuba razão plena e absoluta para que o império dos Estados Unidos cesse seus mecanismos criminosos de perseguição”, acrescentou.
Em janeiro, o então chanceler venezuelano, Félix Plasencia, denunciou que, devido às sanções dos EUA, o país caribenho não conseguiu “honrar o compromisso financeiro internacional” e pagar a taxa de adesão da ONU correspondente a 2021.
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