Maduro lança operação especial para venezuelanos votarem no referendo sobre invasão da Guiana

Por Agência de Notícias
28/11/2023 21:59 Atualizado: 28/11/2023 21:59

A Venezuela colocou em marcha uma operação especial para facilitar a emissão do seu principal documento de identidade, antes do referendo sobre a disputa com a Guiana por um território de quase 160 mil quilômetros quadrados que será realizado no próximo domingo, informou nesta terça-feira o ministro das Relações Interiores, Justiça e Paz, Remigio Ceballos.

Em sua conta no X (antigo Twitter), o ministro indicou que mais de 100 gabinetes do Serviço Administrativo de Identificação, Migração e Estrangeiros (Saime) foram habilitados em todo o país para “facilitar a emissão da carteira de identidade, único documento legal obrigatório para votar”.

Ceballos destacou que esta operação foi uma ordem do ditador Nicolás Maduro, que ontem garantiu que, a partir desta terça-feira, mais de uma centena de escritórios do Saime “serão abertos em uma operação especial” para que os venezuelanos maiores de 18 anos “obtenham seu documento de identidade” e possam participar da consulta, que não é vinculativa.

Por outro lado, Maduro assegurou que “qualquer carteira de identidade, mesmo que esteja vencida, pode ser utilizada para votar sem problemas” no referendo, que irá consultar os cidadãos sobre cinco pontos, incluindo a anexação do território disputado ao mapa venezuelano, através da criação de um estado chamado Guayana Esequiba.

Maduro disse na segunda-feira que no próximo domingo o povo “terá nas mãos a possibilidade de fazer justiça histórica e de expressar a sua vontade e sua soberania” na consulta, para a qual o governo está desenvolvendo uma campanha com shows, mobilizações, distribuição de folhetos e propaganda nas redes sociais.

A Guiana, por sua vez, disse recentemente que a Venezuela usa o referendo como uma “distração dos seus problemas internos”, como a “fome”, da qual “as pessoas fugiram”.

Além disso, Georgetown promove uma campanha nacional de educação e conscientização sobre a disputa, como “uma das formas mais poderosas de superar a situação atual”, segundo o governo da Guiana.

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