Diante de sete milhões de votos favoráveis à proposta da oposição no plebiscito realizado em Caracas, capital da Venezuela, o presidente da Assembleia Nacional do país, Julio Borges, afirmou que o resultado coloca o presidente Nicolás Maduro quase como “revogado”.
“Com os votos do povo venezuelano, matematicamente Nicolás Maduro está revogado no dia de hoje. Esse era o medo que [ele] tinha do plebiscito revogatório e, por isso, impediu; por isso o governo não quer fazer eleições nunca mais”, afirmou Borges depois que tomou ciência dos desfechos eleitorais.
O opositor garantiu que, apesar dos cidadãos venezuelanos terem contado com um número menor de centros de votação à sua disposição, diferentemente de quaisquer outras disputas nacionais anteriores, a consulta popular foi realizada “com total beleza e confiança”.
“No entanto, o povo superou todos os obstáculos, não somente o de haver menos lugares para votar, mas também superou o medo, superou a violência, superou as ameaças do governo aos funcionários públicos, às pessoas que recebem programas sociais”, continuou Borges.
Com base em 95% da totalidade de votos, a conhecida comissão de fiadores do plebiscito opositor havia declarado, anteriormente, que 7.186.170 de venezuelanos tomaram parte da consulta realizada à margem do poder eleitoral e que ao menos 98% dos eleitores votaram “sim” nas três questões.
“Esperamos o número final que será divulgado [nesta segunda, 17] para que nós possamos ter a certeza de que vamos conseguir a mudança democrática no país”, concluiu.
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