Nicolás Maduro, líder do regime ditatorial socialista da Venezuela, se apresentou pela primeira vez em uma transmissão ao vivo no Facebook neste sábado (27), e foi recebido por uma avalanche de “deslikes” e palavras de repúdio.
Nas primeiras 18 horas, 67 mil pessoas reagiram com repúdio e apenas 4 mil registraram o “emoji” do coração, manifestando sua lealdade ao líder marxista bolivariano. Outras 12 mil pressionaram o botão “like”, que também pode significar compartilhamento.
Maduro, que apareceu ao lado de sua esposa Cilia Flores, também teve um recorde de reclamações angustiadas. “Você está destruindo o país”, “fome”, “assassino”, “desgraçado”, juntamente com a descrição da realidade que cada um está passando.
Hilda America Riffo Pinto foi uma das primeiras a escrever: “Você é um genocida. Abra sua mente e seu coração. Como você pode permitir tanta opressão, fome, doenças? Você sabe que existe um Deus que fará justiça”.
Maduro não só fez sua publicidade pessoal como também decidiu fazer alguns comentários: “Edvin (usuário que escreveu): a Venezuela tem fome”, leu Maduro ao vivo. Depois, acrescentou: “Fome de justiça, igualdade e anti-imperialismo”.
A palavra “anti-imperialista” é usada em campanhas marxistas desde suas bases. Foi repetida inúmeras vezes por Fidel Castro e Che Guevara ao se referir a todos os governos que possuem eleições democráticas, aos seus partidários e a todos aqueles que se opõem à ditadura socialista e comunista. Também tem sido utilizada com frequência por Maduro.
Em outra das mensagens que Maduro leu, alguém o chamou de “desgraçado”. O ditador simplesmente mudou a palavra e explicou que ele tinha sido chamado de “agraciado”, conforme registrado pela Infobae.
Os comentários no Facebook, escritos ao mesmo tempo em que era feita a transmissão, destacaram a situação dramática que vive o país.
Por ordem de Maduro, a Assembleia Nacional, cujos membros foram eleitos pelo povo no final de 2015, está impossibilitada de exercer suas funções de legislar o país. Maduro simplesmente a bloqueou. Como substituto, ele estabeleceu uma Assembleia Constituinte liderada por seu regime. Isso impede o estabelecimento de um Tribunal de Justiça de acordo com a lei.
O Departamento de Estado dos Estados Unidos, em 24 de janeiro, descreveu da seguinte forma a ditadura socialista de Maduro, após seu anúncio de eleições presidenciais, nas quais apenas participarão seus apoiadores:
“O que está acontecendo na Venezuela é um completo solapamento da ordem constitucional democrática. A decisão da ilegítima Assembleia Constituinte de convocar eleições antecipadas, (…) prejudica a capacidade do próprio povo venezuelano de participar de forma significativa na solução das múltiplas crises causadas pelo regime de Maduro”.
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