O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou no domingo uma nova e “poderosa” etapa na disputa territorial com a Guiana, após o resultado do referendo não vinculativo realizado no país para anexar a área contestada, Essequibo, que é rica em petróleo.
“Hoje o povo falou duro, alto e claro, e vamos começar uma nova e poderosa etapa, porque levamos o mandato do povo, levamos a voz do povo”, comentou o ditador venezuelano diante de seus seguidores, minutos depois de o Conselho Nacional Eleitoral anunciar os resultados do referendo.
Maduro destacou o “nível muito importante de participação do povo”, que não ficou claro, já que o CNE anunciou o número total de “votos”, 10.554.320 votos, sem explicar se eles correspondem ao mesmo número de eleitores ou se foi feita uma contagem de cinco votos por pessoa, correspondente ao número de perguntas respondidas por cada participante.
Ele também agradeceu a alguns oponentes, incluindo o duas vezes candidato à presidência Henrique Capriles, por participarem dessas votações.
“O polo contrário estava no exterior: o governo da Guiana, a ExxonMobil, o império norte-americano”, disse ele, sem dar detalhes das ações que planeja tomar agora que, como esperava, tem apoio popular para “reforçar” a defesa do país na disputa com o país vizinho.
Maduro também considerou que, com o resultado da eleição, a Venezuela “deu um grande passo na direção certa” em relação ao que chamou de “capítulo pendente de 150 anos de desapropriação imperial” do território, que o país não controla desde 1899 e que agora planeja incorporar, além de fornecer documentos de identidade a seus habitantes.
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