O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que o país pode enfrentar um “banho de sangue” caso ele não vença as próximas eleições, que ocorrerão no dia 28 de julho.
A declaração foi feita durante um comício na quarta-feira (17), na Parroquia de La Vega, um distrito localizado na Zona Oeste de Caracas.
“O destino da Venezuela, no século 21, depende de nossa vitória em 28 de julho”, disse Maduro. “Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, disse Maduro.
O ditador, que está no poder desde 2013, subiu o tom de sua campanha na quinta-feira (11), ao afirmar que a Venezuela decidirá entre “guerra e paz” nas próximas eleições presidenciais.
“No dia 28 de julho decidiremos guerra ou paz. ‘Guarimba’ (protesto violento) ou tranquilidade. Pátria ou colônia. Democracia ou fascismo. Você está preparado? Você está preparado? Estou preparado, tenho amor pela Venezuela, tenho experiência, não tenho medo nem do diabo, Deus está comigo”, disse durante um evento no estado de Aragua, no norte do país.
Pesquisas mostram Maduro em desvantagem
De acordo com uma pesquisa do Centro de Estudos Políticos e Governamentais da Universidade Católica Andrés Bello (CEPyG-UCAB) em parceria com a empresa Delphos, o candidato da coalizão de oposição majoritária, Edmundo González Urrutia, está à frente de Maduro nas intenções de voto.
González Urrutia alcançou 59,1% das intenções de voto, enquanto Nicolás Maduro obteve apenas 24,6%.
Em comunicado, o diretor da Delphos, Félix Seijas, explicou que em “qualquer um dos cenários” de comparecimento alto ou moderado de eleitores às urnas, há “uma diferença que varia de 20% a 34% a favor da oposição”.
“Com relação às intenções de voto por probabilidade de comparecimento às urnas, incluindo a participação chavista (corrente política de Maduro), no segmento de alta probabilidade de comparecimento, Edmundo González Urrutia teria aproximadamente 4,9 milhões de votos, e Nicolás Maduro 2,9 milhões de votos”, diz o comunicado.