Por Agência EFE
O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou neste domingo (2) o Arco do Triunfo para verificar os danos que o monumento sofreu, um dos símbolos da República, que ontem foi alvo de vandalismo durante os protestos dos chamados “coletes amarelos”.
O chefe de Estado, acompanhado do ministro do Interior, Christophe Castaner, prestou homenagem ao túmulo do soldado desconhecido, que representa todos os franceses mortos na Primeira Guerra Mundial e que foi vandalizado ontem pelos arruaceiros que deixaram sobre ele latas de cerveja e outros objetos.
Macron voltou imediatamente à França após participar da Cúpula do G20 em Buenos Aires devido à degeneração da manifestação contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, que transformou a capital em um campo de batalha, e se reunirá hoje com os integrantes do governo para avaliar a situação.
O presidente e o ministro entraram no monumento para verificar os danos, entre os quais se destacam uma estátua destruída de Marianne — a figura alegórica da República Francesa — e graves prejuízos na loja do museu, além das pichações na fachada do Arco que esta manhã começaram a ser removidas.
Além disso, Castaner e o secretário de Estado do Ministério do Interior, Laurent Nuñez, deverão comparecer ao Senado, que é controlado pela direita, na próxima terça-feira, em uma audiência para dar explicações sobre os distúrbios.
O Ministério do Interior francês atualizou hoje os números de detidos durante toda a jornada de manifestações dos chamados “coletes amarelos”, que resultou em 412 detenções em nível nacional e 133 feridos, dos quais 23 eram membros das forças da ordem.
O movimento dos “coletes amarelos” nasceu como um protesto contra o aumento nas taxas sobre os combustíveis e se mantém pacífico em grande parte do país. No entanto, durante dois sábados consecutivos as manifestações derivaram em episódios de violência e transformaram a capital francesa em cenário de distúrbios.
O governo francês não descarta decretar estado de emergência depois dos graves eventos de ontem em Paris, segundo comentou hoje o seu porta-voz, Benjamin Griveaux, que garantiu que “todas as medidas devem ser estudadas”.