Macron provoca reações ao comentar que quer intimidar os não vacinados ‘até o fim’

Macron afirma que complicará a vida dos não vacinados 'limitando ao máximo seu acesso às atividades da vida social'

06/01/2022 15:34 Atualizado: 06/01/2022 15:34

Por Lorenz Duchamps 

O presidente francês, Emmanuel Macron, tem atraído a condenação de seus adversários políticos após realizar uma declaração controversa esta semana, na qual ele afirmou que está determinado a tornar amarga a vida dos cidadãos franceses que se recusam a tomar a vacina contra o vírus do PCC.

“Não sou a favor de irritar os franceses (…) Agora, os não vacinados, eu quero realmente irritá-los. E assim, continuaremos fazendo, até o fim. Esta é a estratégia”, afirmou Macron durante uma entrevista ao Le Parisien, na terça-feira.

Macron continuou, afirmando que “não colocará [as pessoas não vacinadas] na prisão”, mas que complicará sua vida e incentivará as pessoas não vacinadas a se vacinarem contra a COVID-19 “limitando ao máximo seu acesso às atividades da vida social”.

“Portanto, temos que declarar para eles: a partir de 15 de janeiro, eles não poderão mais ir a um restaurante. Eles não poderão mais ir tomar um café, não poderão mais ir ao teatro. Eles não poderão mais ir ao cinema.”

Um debate parlamentar propondo um novo conjunto de regras quanto ao vírus do PCC (Partido Comunista Chinês) para pessoas não vacinadas foi cancelado na quarta-feira, quando vários legisladores da oposição acusaram Macron de usar linguagem divisionista, pedindo ao presidente que se explicasse.

“Um presidente não pode dizer essas coisas”, afirmou Christian Jacob, presidente do partido conservador, Os Republicanos, no Parlamento, enquanto se discutia um projeto de lei que exige a apresentação de prova de vacinação para entrar em muitos espaços públicos fechados.

As declarações de Macron provocaram inúmeras reações, tanto a favor como contra. A notícia também chega em um momento delicado, com uma eleição presidencial prevista para abril, embora ainda não tenha sido anunciada oficialmente.

O primeiro-ministro, Jean Castex, declarou no Senado, na quarta-feira, que apoiava o presidente.

“As declarações do presidente são perfeitamente consistentes com o que temos feito” para enfrentar a pandemia do vírus do PCC e exortar os cidadãos franceses a se vacinarem, relatou ele, de acordo com a agência de notícias AFP.

Vários funcionários do governo francês se comprometeram a promulgar, em meados de janeiro, conforme planejado, uma lei para bloquear o acesso de pessoas não vacinadas às instalações de hospitalidade, apesar do fato de que a legislação se deparou com um obstáculo de procedimento no parlamento durante a noite.

Até agora, a França aplicou um passe de saúde do vírus do PCC, o que significa que para entrar em restaurantes, cafés ou cinemas, ou embarcar nos trens, as pessoas têm que apresentar um teste negativo para a COVID-19 recente, ou uma prova de vacinação.

A legislação irá eliminar a opção de mostrar um teste negativo, proibindo efetivamente o acesso a instalações de hospitalidade ou trens para pessoas não vacinadas.

Com informações da Reuters.

Por NTD News

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