Por Agência EFE
O presidente da França, Emmanuel Macron, fez nesta quinta-feira (14) uma chamada para a assinatura do pacto mundial pelo meio ambiente no marco da IV Assembleia do Meio Ambiente da ONU (UNEA-4), que está reunida esta semana em Nairóbi.
Em um comparecimento diante do plenário da Assembleia, Macron pediu a todos os líderes do mundo “ação, uma ação na qual devem estar envolvidos todos governantes, sociedade civil, empresários, ONG”.
“Não podemos ficar nos pactos de palavra, é preciso atuar”, ressaltou o presidente francês, ao insistir que “não se pode dizer que nossa geração não sabia das consequências da destruição da natureza, da biodiversidade e dos ecossistemas”.
Segundo sua opinião, é preciso chegar a “um pacto de cumprimento jurídico, que seja uma declaração não só de palavra, mas com um compromisso sério, com prazos, porque a biosfera e a humanidade não podem esperar”.
“Temos os relatórios científicos e conhecemos o que está acontecendo, nos mobilizamos, mas não estamos fazendo o suficiente, devemos passar à ação”, apontou Macron.
As “ações nacionais, regionais e internacionais na luta pela redução de emissões para cumprir com a agenda do Acordo de Paris (2015), (…) foram possíveis graças a uma grande mobilização, mas devemos definir o trabalho e completá-lo para implementar a mobilização”, sustentou de forma enérgica.
Macron afirmou que “não devemos baixar a guarda na redução de emissões e encontrar soluções concretas, porque é necessária uma mobilização geral de todos os setores para atingir os objetivos” e apresentar resultados na próxima reunião de mudança climática (COP25) que será realizada no Chile no final de ano.
“Bem-vindos à limpeza geral”, disse o líder, ao exigir “o envolvimento de todos os setores para reduzir emissões e buscar uma transformação geral com financiamento geral e em massa”.
A França acolhe neste ano a cúpula do G-7 (grupo das sete economias mais avançadas do mundo), na qual serão empreendidas ações para o financiamento da luta contra a mudança climática, “com ações concretas e eficazes”, antecipou Macron.