O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri disse nesta segunda-feira que o país precisa de “uma mudança profunda” porque vem de décadas de “decadência” e tem uma democracia que é a “mais fracassada” do planeta nos “últimos 50 anos”.
Macri, que está na Espanha para participar da inauguração do programa de mestrado em Estudos Globais e Internacionais da Universidade de Salamanca (USAL), não revelou se concorrerá nas próximas eleições presidenciais na Argentina, embora em declarações a jornalistas tenha dito que seu partido, o Juntos pela Mudança, “está unido e pronto para começar a governar no próximo ano”.
Para Macri, que presidiu a Argentina de 2015 a 2019, é necessário “retomar e colocar” o país no “rumo que estava tomando até 2019”, quando seu sucessor, Alberto Fernández, assumiu o governo.
De acordo com ele, é necessário “continuar a aprofundar o debate sobre as reformas que a Argentina precisa”.
“Nosso país precisa de uma mudança profunda, porque vem de muitas décadas de decadência. Devemos ser a democracia mais fracassada do planeta nos últimos 50 anos e temos que reverter isso com novas ideias”, declarou.
O ex-presidente argentino também disse que algumas das medidas adotadas pelo atual governo argentino são “populistas”, abordagens que ele vê “com preocupação” e que, segundo ele, “não trazem bem-estar ou futuro, mas pobreza”.
Eleições no Brasil
Macri também comentou sobre o primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, vencido pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o político e empresário argentino, “apesar das eleições tensas e das posições muito opostas”, elas foram realizadas em um espírito de “democracia e paz”.
Quanto ao segundo turno marcado para 30 de outubro e no qual Lula voltará a enfrentar nas urnas o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, Macri disse que o pleito tem um peso “muito importante” para a “Argentina e para a região” sul-americana.
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