A cidadela de Machu Picchu e a trilha inca permanecerão fechadas a partir deste sábado e por tempo indeterminado devido aos protestos contra o governo do Peru que ocorrem desde dezembro do ano passado, segundo informaram em comunicado várias organizações regionais e estatais.
“Diante da atual conjuntura social em que se encontra nossa região e o país, foi ordenado o fechamento da Rede de Caminhos Inca e da Llaqta de Machu Picchu, a partir de 21 de janeiro de 2023 até novo aviso, para salvaguardar a segurança dos turistas e da população em geral”, afirma o comunicado oficial.
A nota foi emitida pela Direção Descentralizada de Cultura de Cusco e pela Sede do Santuário Histórico de Machu Picchu, pertencente ao Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas pelo Estado (Sernanp).
O comunicado detalha que “serão disponibilizadas todas as facilidades aos turistas nacionais e estrangeiros que se vejam afetados para o uso de bilhetes, de 21 de janeiro a até um mês após a conclusão das mobilizações sociais” ou que pretendam “solicitar o reembolso do valor do bilhete”.
Além disso, forneceram um endereço de e-mail para as pessoas afetadas pelo fechamento do monumento, principal atração turística do Peru e declarada Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em 1983.
O acesso por trem a Machu Picchu também foi bloqueado devido aos protestos desta sexta-feira, razão pela qual a concessionária Ferrocarril Trasandino S.A. anunciou a suspensão “até novo aviso” das operações ferroviárias entre Cusco e Machu Picchu devido ao “persistente bloqueio da ferrovia por manifestantes e danos causados em diferentes pontos”.
Diante desta decisão da concessionária, as duas empresas que prestam serviços para chegar por trem à cidade de Aguas Calientes – acampamento base para turistas que visitam as ruínas incas de Machu Picchu -, Peru Rail e Inca Rail, cessaram suas operações também “até novo aviso” .
Por outro lado, também nesta sexta-feira, o Ministério dos Transportes e Comunicações informou sobre a reabertura do aeroporto de Cusco, após a suspensão de suas operações na quinta-feira, dia em que ocorreram bloqueios nas estradas e protestos na cidade.
Os protestos pedem a renúncia da presidente Dina Boluarte, o fechamento do Congresso, a convocação de eleições gerais para este ano e de uma Assembleia Constituinte. Desde que começaram, no início de dezembro, quase 60 pessoas morreram.
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