O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará na Cúpula do Grupo dos 77 (G77) em Havana, no dia 16 de setembro, durante uma escala em Cuba a caminho de Nova Iorque, onde assistirá à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), informaram fontes oficiais nesta quarta-feira.
Lula “planeja” participar na reunião de chefes de governo e de Estado do maior grupo de países em desenvolvimento do mundo, disseram fontes diplomáticas à Agência EFE.
De acordo com uma agenda cujos detalhes ainda não foram finalizados, o mandatário fará uma visita oficial a Cuba nos dias 15 e 16 de setembro, durante a qual terá o seu segundo encontro com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel, desde que assumiu o seu terceiro mandato em janeiro.
A visita a Cuba coincidirá com a cúpula em que os países em desenvolvimento articularão a posição conjunta que levarão à Assembleia Geral da ONU, que será realizada entre 19 e 23 de setembro, em Nova Iorque.
Os líderes de Brasil e Cuba se encontraram pela primeira vez em junho deste ano, em Paris, onde coincidiram para participar na Cúpula para um Novo Pacto Financeiro Global, organizada pelo governo francês. No encontro, os ambos retomaram uma relação abandonada durante o governo de Jair Bolsonaro.
A agenda do encontro entre Lula e Canel foi preparada durante a visita que o assessor para assuntos internacionais da presidência brasileira, o ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, fez a Havana no início de julho.
Lula se reunirá com os líderes do G77 exatamente uma semana depois de participar na Cúpula do G20, em 10 de setembro, em Nova Délhi, onde o Brasil assumirá a presidência do grupo que reúne as maiores economias do mundo.
Além disso, o encontro com os líderes do principal grupo de países em desenvolvimento terá lugar um mês e meio após a sua participação na cúpula dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na África do Sul.
Lula acredita que a decisão aprovada na semana passada pelos BRICS, de expandir este fórum com a inclusão de seis novos membros (Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes, Etiópia e Irã) vai alterar o equilíbrio de poder no mundo e dar mais influência às economias emergentes.
“Os BRICS se tornaram uma coisa mais poderosa, mais forte, mais importante. Eu acredito que o mundo não será o mesmo depois da ampliação dos BRICS, pelo menos nas discussões econômicas globais”, disse o mandatário brasileiro na terça-feira, na sua transmissão semanal nas redes sociais.
Segundo Lula, essa ampliação fará com que os BRICS se tornem um bloco economicamente mais poderoso do que o G7, que reúne as sete maiores economias do mundo.
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