Em encontro nesta quarta-feira com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Nova Iorque, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil vai conversar com quem for necessário para conseguir uma solução pacífica para a guerra envolvendo a Rússia.
Em entrevista coletiva ao final da reunião, realizada à margem da Assembleia Geral da ONU, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, destacou que essas aproximações poderiam até iniciar “alguma conversa direta entre as duas partes envolvidas” e chegou a falar de um possível encontro entre Lula e o líder russo, Vladimir Putin.
“O presidente Lula já se encontrou com o presidente Putin muitas vezes no passado. Se as condições forem adequadas, se houver essa possibilidade, não tenho dúvida de que eles se encontrarão”, disse o chanceler.
A reunião entre Lula e Zelensky foi a primeira presencial entre eles desde o início da guerra na Ucrânia, embora já tenham se falado por videoconferência em março.
Assim como o presidente ucraniano, Lula participou, em maio, da Cúpula do G7 realizada em Hiroshima, no Japão, e embora tenham concordado em se encontrar pessoalmente, a reunião não ocorreu devido a supostos “problemas de agenda”.
Desde então, Lula sugeriu algumas iniciativas para alcançar a paz após a invasão russa à Ucrânia, mas elas não foram bem recebidas nem pelas potências ocidentais, nem pelo próprio Zelensky.
Segundo Lula, deveria ser criado um “clube da paz” de países para promover o diálogo entre Ucrânia e Rússia, o que não foi aceito, por exemplo, pelos Estados Unidos, pela União Europeia (UE) e por Zelensky, que consideram que isso colocaria em pé de igualdade o país invasor e o país atacado.
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