O assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim, manifestou a intenção do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de se reaproximar de Cuba, durante uma reunião que teve nesta sexta-feira, em Havana, com o ditador do país caribenho, Miguel Díaz-Canel.
Amorim afirmou que Lula o enviou para Cuba com uma carta destinada a Díaz-Canel, conforme informou o regime cubano na rede social X (ex-Twitter).
“O fato de ele ter me enviado com uma carta para o presidente (cubano) simboliza o desejo de aproximar o Brasil de Cuba. Voltar a melhorar, se possível, a relação, que era muito próxima e continuará sendo assim”, disse.
O ex-ministro da Defesa e ex-chanceler declarou que sua visita a Havana “foi uma determinação expressa” de Lula “para simbolizar o interesse nas relações políticas”.
O regime cubano também informou que a reunião entre Amorim e Díaz-Canel durou cerca de uma hora.
Amorim comentou que o governo Lula pretende “fazer da relação entre Brasil e Cuba uma relação exemplar (…) que também contribua para a paz na região”.
Recebido há dois dias pelo ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, o assessor especial anunciou desta vez uma visita de empresários brasileiros a Cuba, em breve, que vai abranger “várias questões, incluindo a agricultura”. De acordo com ele, especialistas do Ministério da Saúde também visitarão o país caribenho.
A visita de Amorim à ilha acontece um mês antes da cúpula do Grupo dos 77 mais a China (G77 + China), que será realizada em Havana nos dias 15 e 16 de setembro.
Em junho, Díaz-Canel se reuniu em Paris com Lula, com quem teve um diálogo que ele descreveu como “fraterno”.
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