O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ditador da China, Xi Jinping, anunciaram nesta quarta-feira (20) que ambos concordaram em aprofundar o “diálogo” entre o gigante asiático e o Mercosul, a fim de fortalecer o comércio regional.
“Trabalharemos juntos para continuar o diálogo entre o Mercosul e a China”, declarou Lula após uma reunião bilateral em Brasília, na qual também concordaram em “manter a cooperação na ONU” em favor da reforma da governança global.
A possibilidade de negociações comerciais entre a China e o bloco formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai (com a Bolívia em processo final de adesão) vem sendo discutida há algum tempo e é vista até mesmo como uma possível alternativa a um eventual fracasso do acordo que o Mercosul vem buscando, sem sucesso, com a União Europeia (UE) nos últimos 25 anos.
Até agora, o parceiro do Mercosul que mais enfatizou as negociações com a China foi o Uruguai, que chegou ao ponto de abrir negociações com Pequim por conta própria, apesar de as regras do bloco proibirem isso.
O atual presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, tem sido um dos mais entusiastas defensores das negociações com a China e, durante o mandato que está prestes a terminar, tentou reformar as regras do Mercosul para que cada parceiro possa abrir negociações comerciais independentemente dos outros países do bloco.