O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se nesta quinta-feira em Paris com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, e o seu homólogo da África do Sul, Cyril Ramaphosa, com os quais abordou a situação na América Latina e a guerra na Ucrânia, respetivamente.
Lula realizou os dois encontros em um hotel à margem da cúpula sobre um novo pacto financeiro global, que reunirá cerca de 50 chefes de Estado e de governo até sexta-feira, em Paris, para lançar as bases de um sistema de financiamento ao desenvolvimento que combine o combate à pobreza com ações contra a mudança climática.
O presidente, que desembarcou nesta tarde em Paris vindo da Itália, teve uma agenda lotada de reuniões bilaterais.
Além das lideranças de Cuba e África do Sul, Lula se reuniu com o primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry; e com o presidente da COP 28, Sultan Ahmed Al Jaber, dos Emirados Árabes Unidos.
Lula também almoçou com a ex-presidente Dilma Rousseff, atual chefe do banco do grupo BRICS (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
A presidência brasileira informou que Lula abordou com Díaz-Canel “questões relacionadas à América Latina e à situação mundial”.
Com Ramaphosa, o presidente falou sobre a próxima cúpula do BRICS em agosto e sobre a guerra na Ucrânia, questão convergente entre os dois líderes, embora divergente da posição das potências ocidentais.
Os dois presidentes falaram em “opções para trabalhar pela paz no conflito entre a Rússia e a Ucrânia” e Ramaphosa também repassou a Lula detalhes de sua recente visita à Rússia e à Ucrânia, realizada junto com outros seis líderes africanos.
“No encontro com Putin, o presidente sul-africano defendeu o fim da guerra, especialmente pelas consequências do conflito nos países de seu continente. Segundo ele, as dificuldades para importar grãos da Ucrânia e fertilizantes da Rússia estão comprometendo a segurança alimentar em diversos locais da África e do mundo”, informou a Presidência da República.
Lula, que hoje à noite participará de um show beneficente do Coldplay e de um jantar no Palácio do Eliseu, segue com a agenda lotada na sexta-feira.
Além da participação na cúpula do novo pacto financeiro mundial, Lula terá um almoço com o presidente francês, Emmanuel Macron; uma reunião bilateral com o presidente do Congo, Denis Sassou-Nguesso; e um jantar com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman.
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