O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira em Joanesburgo, na cúpula dos BRICS, que a guerra da Rússia contra a Ucrânia revela as “limitações” do Conselho de Segurança da ONU e ofereceu o apoio de seu país nos esforços para alcançar a paz.
“A guerra na Ucrânia mostra as limitações do Conselho de Segurança”, destacou Lula na sessão pública da XV Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que celebra hoje o seu segundo dia e encerra amanhã.
O presidente destacou que “muitos outros conflitos e crises não recebem a mesma atenção” e lembrou que a disputa na Ucrânia está tendo “efeitos globais”.
“Estamos dispostos a juntar esforços que possam contribuir efetivamente para um cessar-fogo imediato e uma paz justa e duradoura. Todos sofrem as consequências da guerra”, especialmente “os mais vulneráveis nos países em desenvolvimento”, afirmou.
“Não podemos deixar de abordar – continuou – o principal conflito de hoje. O Brasil tem uma posição importante na soberania dos países e não somos indiferentes às mortes”.
Lula declarou também que “a busca pela paz é uma obrigação coletiva e um imperativo para um desenvolvimento justo e sustentável” e destacou que “os BRICS devem atuar como uma força de entendimento e cooperação” no mundo.
Nesse sentido, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, cujo país ocupa a presidência rotativa do bloco este ano, indicou que os BRICS “continuarão” apoiando qualquer iniciativa que “acabe com o conflito por meio da negociação”.
A cúpula dos BRICS tem hoje o dia mais importante com as reuniões plenárias, nas quais os líderes abordarão questões como a expansão do grupo por meio da inclusão de novos membros.
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