O governo de Honduras condenou, nesta quarta-feira (07), o “golpe de Estado que ocorreu no Peru” contra o agora ex-presidente Pedro Castillo, que antes de ser destituído do cargo tentou dissolver o Congresso do país.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional de Honduras expressou “forte condenação ao golpe de Estado no Peru, que é o resultado de uma série de acontecimentos destinados a corroer a democracia e a vontade soberana do povo representado pelo presidente Pedro Castillo, cuja integridade física e direitos humanos devem ser respeitados”.
“O governo hondurenho espera que a ordem democrática e a soberania eleitoral do Peru regressem ao Estado de direito e que os seus direitos sejam garantidos face a esta grave ruptura constitucional”, acrescentou o comunicado.
Além disso, o governo de Honduras afirmou que “os golpes de Estado não devem ser perpetrados”.
O ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya, agora assessor da presidente Xiomara Castro, também condenou “o golpe de Estado no Peru”. Anteriormente, Zelaya foi deposto em 28 de junho de 2009, faltando sete meses para o seu mandato. Ele é marido da atual governante.
“Condenamos veementemente o golpe de Estado no Peru que violou a vontade soberana do povo, representado pelo presidente Pedro Castillo”, disse Zelaya em mensagem no Twitter.
Castillo ordenou a dissolução temporária do Congresso e a criação de um governo de exceção nesta quarta-feira, horas antes de o Parlamento debater uma moção de destituição (impeachment) para retirá-lo da presidência.
A eleição de Castillo, vencida por uma pequena margem pelo socialista, foi criticada com acusações de fraude pela oposição e outros. Em contraponto aos comentários de Zelaya e Castro, sua taxa de rejeição atingiu uma estimativa de 71% ainda no início do mandato.
No Peru, a acusação é o inverso da da liderança hondurenha. Lá, o agora ex-presidente é rechaçado por ter tentado ele próprio um golpe de Estado no país. Posteriormente, Castillo foi destituído do cargo e preso.
Honduras, Peru, corrupção e o Foro de São Paulo
A atual presidente de Honduras, Xiomara Castro, é esposa do ex-presidente e agora seu assessor, Manuel “Mel” Zelaya. Promotores americanos afirmaram que desde 2006 todos os presidentes de Honduras receberam propina de traficantes de drogas em troca proteção. Manuel Zelaya subiu ao poder em 2006 e presidiu até 2009 quando precisou ser retirado do cargo.
Os laços de Zelaya com a Venezuela são notórios, antes de seu afastamento em 2009, ele fortaleceu seu relacionamento com Hugo Chávez, aproximando Honduras da ditadura venezuelana.
Os governos de Peru e Honduras, possuem laços a partidos, políticos e outros governos de esquerda na região através do Foro de São Paulo; uma organização fundada por Lula e Fidel Castro na década de 90, justamente para articular essas relações. Ollanta Humala, ex-presidente do Peru, responde à justiça, por alegações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o PT, do Brasil, e as empreiteiras brasileiras OAS e Odebrecht.
Mais informação sobre Foro de São Paulo e a esquerda na América Latina está disponível na primeira produção original pelo Epoch Times no Brasil, o documentário “As eleições do fim do mundo”, indicado abaixo.
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