Por Leonardo Trielli – Senso Incomum
A Argentina é o país com o mais longo e severo lockdown da história. Desde o dia 20 de março, quando o presidente Alberto Fernández decretou que o país deveria permanecer em quarentena obrigatória, a medida foi sendo estendida insistentemente pelo governo totalizando mais de 200 dias de confinamento.
A medida tem sido cada vez mais impopular entre os cidadãos, que não sofrem apenas com a gravíssima crise econômica – pela qual o país já passava antes da pandemia e que foi acentuada pelas medidas de isolamento -, mas também com as consequências psicológicas de se manter o país inteiro em prisão domiciliar.
Nada disso, no entanto, evitou que os números favorecessem o país portenho. Ao contrário, desde o dia 27 de agosto, os registros de casos diários confirmados por milhão de habitantes ultrapassaram os do Brasil, que tem mostrado ligeira queda nas estatísticas, enquanto a curva da Argentina continua em franco crescimento.
Basta digitar “coronavírus Argentina” no Google e conferir esta tabela:
Depois, digite “coronavírus Brasil” e compare com a tabela abaixo:
O site Our World in Data, que compila dados de diversas fontes, apresenta números ainda mais detalhados. E, conforme se vê na tabela abaixo, o Brasil, que lançou mão de medidas muito menos restritivas apresenta curva de mortes confirmadas por milhão de habitantes muito similar à Argentina, com a diferença que os números no Brasil começam a cair e no país vizinho continuam em ascendência. Isto tudo é mais uma evidência de que o vírus chinês tem sua evolução natural , independentemente do que as autoridades obrigarão você a fazer.
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