María Corina, líder da oposição ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniu junto com o candidato à presidência Edmundo González para uma declaração à imprensa e aos apoiadores na segunda-feira (29). Corina sustentou a defesa de que a oposição ao regime obteve a vitória no pleito eleitoral, ao contrário do que defende o regime de Maduro.
Corina explica que a coalizão opositora conquistou aproximadamente 70% dos votos na recente eleição presidencial, um resultado que, segundo ela, foi fraudado para favorecer o ditador em exercício. Em resposta, Corina convocou manifestações pacíficas para contestar os resultados oficiais, que atribuem a vitória a Maduro.
Os protestos pediam o reconhecimento da vitória de Gonzales e acusavam Maduro e as autoridades aparelhadas pelo regime de adulterar e esconder os verdadeiros resultados da eleição.
Ela também alegou ter provas substanciais de fraude eleitoral, incluindo irregularidades na contagem de votos e intimidação de eleitores. “Hoje quero dizer a todos os venezuelanos dentro e fora do país, a todos os democratas do mundo, que já temos como provar a verdade do que aconteceu durante essa eleição”, afirmou a líder oposicionista.
Ela ainda afirmou que junto com a coligação de Gonzales, eles não dormiram analisando os dados da eleição para confirmar a vitória do candidato da oposição. “Neste momento me emociona muito dizer a todos que temos 73% [dos votos]. Nosso presidente eleito é Edmundo González”, disse ao som de palmas e “bravo!”.
De acordo com ela, a diferença foi tão grande que ocorreu “em todos os estados” da Venezuela e “em todos os setores”.
Corina também explicou que os números já estavam sendo verificados por líderes globais e que poderiam ser acessados e verificados por qualquer um, mesmo após o site para verificação ter caído e ficado inacessível após o fim das eleições. “Cada venezuelano vai poder verificar se o seu voto e o seu resultado correspondem” explicou ela.
Edmundo González, por sua vez, alegou que os resultados da eleição que descreveu como um “triunfo categórico e matematicamente irreversível” estavam sob posse da oposição e agradeceu à comunidade internacional pela “solidariedade e apoio à Venezuela”.
González confirmou o que disse Corina, afirmando que a vitória da chapa ocorreu até mesmo nas regiões onde os oposicionistas nunca haviam ganhado as eleições e exigiu respeito aos venezuelanos que foram votar. “Um povo livre é um povo que se deve respeitar e vamos lutar por nossa liberdade, buscando sempre a paz” afirmou pedindo respeito aos resultado auditáveis das urnas, finalizou ele ao som de gritos de “liberdade! Liberdade! Liberdade!”.