Líderes conservadores prometem combater ditaduras na América Latina como Cuba, Venezuela e Nicarágua

Por Agência de Notícias
23/09/2023 17:25 Atualizado: 23/09/2023 17:25

Os líderes de direita que integram o grupo Liberdade e Democracia assinaram neste sábado, em Buenos Aires, uma declaração na qual se comprometem a combater ditaduras na América Latina, “como Cuba, Venezuela e Nicarágua”.

Vários ex-presidentes ibero-americanos participaram do fórum, de forma presencial e online, entre eles o argentino Mauricio Macri, o chileno Sebastián Piñera, o colombiano Iván Duque, o boliviano Jorge Quiroga, os espanhóis José María Aznar e Mariano Rajoy, os mexicanos Felipe Calderón e Vicente Fox e os costarriquenhos Rafael Ángel Calderón e Miguel Ángel Rodríguez.

O grupo, criado no último mês de março e que concluiu hoje (23/09) seu segundo fórum na capital argentina, manifestou seu “mais firme compromisso com as sociedades livres e o sistema democrático de governo” e afirmou que vê “com preocupação o avanço do populismo” na região.

“É com esta convicção que nosso grupo assume a tarefa de combater as ditaduras que ainda existem na América Latina e no Caribe, como Cuba, Venezuela e Nicarágua, e de garantir que os responsáveis ​​por graves violações dos direitos humanos contra seus habitantes sejam julgados com todo o rigor da lei”, afirma o documento, assinado por vários ex-presidentes latino-americanos.

Os signatários da declaração condenaram a “perseguição judicial” contra a ex-presidente boliviana Jeanine Áñez, e o governador de Santa Cruz (Bolívia), Luis Fernando Camacho, e rechaçaram “categoricamente” a inabilitação da candidata presidencial da oposição venezuelana María Corina Machado, “bem como qualquer tentativa de impedir eleições livres e democráticas” na Venezuela.

Por outro lado, os participantes do encontro que aconteceu entre sexta e sábado em Buenos Aires expressaram sua “total solidariedade ao povo da Ucrânia, vítima de um autocrata criminoso, que, através de uma invasão, pôs em xeque a paz mundial como nunca antes desde o fim da Guerra Fria”.

“Ninguém que realmente acredita na democracia pode declarar-se neutro ou permanecer indiferente aos abusos, violações dos direitos humanos e ambições imperiais de Vladimir Putin”, adverte a declaração.

Os signatários condenaram também “a expansão do tráfico transnacional de drogas na Ibero-América e especialmente na América Latina e no Caribe, que se infiltra nos poderes públicos, corrompendo juízes, políticos e forças de segurança”, e que “constitui uma grave ameaça à liberdade e à democracia”.

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