Líder supremo do Irã ameaça Israel e promete vingança por assassinato de Haniyeh

Por Agência de Notícias
31/07/2024 10:52 Atualizado: 31/07/2024 10:52

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, ameaçou Israel nesta quarta-feira (31) e prometeu vingança pelo assassinato do chefe do gabinete político do grupo terrorista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, ocorrido esta manhã em Teerã, onde se encontrava em visita oficial.

“Com este ato, o regime criminoso e terrorista sionista (Israel) preparou o terreno para punições severas e consideramos que é nosso dever vingar o assassinato no território da República Islâmica do Irã”, alertou Khamenei em um comunicado, segundo informou a agência de notícias estatal IRNA.

O líder do gabinete político do Hamas foi assassinado às 2h desta quarta-feira (horário local, 19h30 de terça-feira em Brasília) em um ataque à sua residência na capital iraniana, horas depois de participar na cerimônia de posse do “presidente” do país, Masoud Pezeshkian.

“O regime criminoso e terrorista sionista assassinou o nosso querido convidado em nossa casa e nos deixou tristes”, disse Khamenei, que ofereceu condolências ao mundo muçulmano e ao chamado ‘Eixo da Resistência’, uma aliança informal anti-Israel, formada pelo Hamas, a Jihad Palestina, o Hezbollah e os houthis do Iêmen, entre outros, e liderada pelo Irã.

Da mesma forma, o presidente iraniano também alertou Israel que fará o país inimigo arrepender-se do assassinato de Haniyeh.

“A República Islâmica do Irã defenderá sua integridade territorial, sua dignidade e sua honra, e fará com que os terroristas invasores se arrependam da sua ação covarde”, afirmou o recém-empossado Pezeshkian em um comunicado.

Além das autoridades iranianas, dezenas de diretores, acadêmicos e estudantes da Universidade de Teerã protestaram hoje em repúdio ao assassinato do chefe do gabinete político do Hamas.

De acordo com informações da IRNA, os manifestantes marcharam no campus universitário gritando “morte a Israel” e “morte aos Estados Unidos”, país que acusam de ser responsável pelos crimes israelenses, por fornecer apoio e armas.

Os participantes da marcha também carregavam faixas e retratos de Haniyeh e as bandeiras do Irã e da Palestina.