Líder de seita homicida Charles Manson morre aos 83 anos

20/11/2017 14:27 Atualizado: 20/11/2017 14:27

Charles Manson, famoso líder de um culto que levou seus seguidores a cometerem uma série de horríveis assassinatos em 1969, morreu de causas naturais aos 83 anos.

Depois de mais de 45 anos sob custódia, Manson faleceu na noite de domingo, 19 de novembro, no hospital do Condado de Kern, de acordo com comunicado do Departamento Correcional e de Reabilitação da Califórnia (CDCR).

Manson deu entrada no hospital no início desta semana. Desde que foi preso em 1971, a Mason foi negada liberdade condicional por 12 vezes, e não lhe foi permitido ser elegível para outra audiência de liberdade condicional até 2027, de acordo com o CDCR.

No verão de 1969, Manson deu início a uma série de horríveis assassinatos em Los Angeles. Sob suas ordens, um grupo de seus jovens seguidores — chamado “Família Manson” — cometeu sete assassinatos entre os dias 9 e 10 de agosto daquele ano.

Mason esperava que os negros levassem a culpa pelos crimes e, devido a isso, começassem uma guerra racial, depois da qual ele e seus seguidores tomariam o poder.

Entre os assassinados está a atriz de Hollywood Sharon Tate, naquela época grávida de oito meses. A jovem de 26 anos era esposa do diretor de cinema Roman Polanski, que no dia do acontecido estava fora do país.

Tate foi brutalmente assassinada em sua casa em Los Angeles, juntamente com Abigail Ann Folger, Wojciech Frykowski, Jay Sebring e Steven Earl Parent, o mais jovem entre as vítimas, com apenas 18 anos.

No dia seguinte, a gangue de Manson matou aleatoriamente mais duas pessoas, o gerente de um supermercado, Leno La Bianca, e sua esposa Rosemary La Bianca, também em Los Angeles.

“As pessoas ficaram aterrorizadas, porque pareciam assassinatos sem motivo algum”, disse o promotor-chefe, Vincent Bugliosi, que morreu em 2015, de acordo com um relatório do Los Angeles Times. “Não foram roubos nem assaltos. Foi tudo aleatório. Se você não está seguro em sua casa, onde você estará seguro? E esses assassinatos foram particularmente brutais. Em ambas as noites foram contados 169 ferimentos a faca”.

Mason também foi condenado por assassinato em primeiro grau, pelas mortes de Gary Hinman e Donald Shea, em 25 de julho e 26 de agosto de 1969.

Embora Manson não tenha cometido todos os assassinatos sozinho, ele manipulou e incitou seus seguidores a cometê-los.

Por seus crimes, Manson e três de seus seguidores, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten, foram inicialmente condenados à morte em 1971. Mas no ano seguinte, todas as penas capitais na Califórnia foram comutadas em prisão perpétua por decisão do Tribunal Superior de Justiça da Califórnia.

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