A líder opositora María Corina Machado, candidata às eleições primárias de 22 de outubro na Venezuela, denunciou nesta segunda-feira (07) o uso das Forças Armadas do país para uma suposta perseguição política aos candidatos que viajam em busca de votos para o pleito interno.
“Este é um regime que só tem violência, mas agora está até incorporando ou tentando envolver as Forças Armadas da Venezuela em um padrão de perseguição política. Acho que isso é muito grave”, afirmou ela a jornalistas.
A pré-candidata presidencial, que não especificou se foi vítima da perseguição que denunciou, pediu ao público e à imprensa que fiquem atentos às “próximas ações” que podem ocorrer no interior do país, onde se mobilizam os 13 concorrentes à vaga para enfrentar o chavismo nas eleições presidenciais de 2024.
“A primária é um caminho pacífico, cívico, cidadão”, disse Machado, enfatizando também que os atos de perseguição e intimidação relatados pelos opositores em todo o país mostram que “os violentos são claramente eles (chavismo)”.
Na última sexta-feira, a líder opositora acusou o governador do estado de Trujillo, o chavista Gerardo Márquez, de ordenar um ataque contra ela, depois que um vídeo circulou nas redes sociais apoiando essa acusação.
No final de um evento com todos os candidatos para as primárias, Machado declarou que o governador pediu que ela fosse “espancada até a morte” se visitasse a região, e alegou que essa era “uma instrução que está sendo repetida em diferentes partes do país”.
A ex-deputada, favorita para as eleições primárias de outubro, foi atacada com gritos e empurrões em pelo menos duas ocasiões durante manifestações de grupos que apoiam o ditador Nicolás Maduro.
Edição: Renato Pernambucano
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