Líder opositor diz que irá à Venezuela em 10 de janeiro para tomar posse como presidente

Por Agência de Notícias
04/10/2024 23:02 Atualizado: 04/10/2024 23:02

O líder opositor Edmundo González Urrutia reivindicou nesta sexta-feira (04) ser o presidente eleito da Venezuela e disse que voltará ao país em 10 de janeiro para tomar posse.

González Urrutia expressou essa intenção em entrevista coletiva após participar do Fórum La Toja-Vínculo Atlántico, realizado na cidade de O Grove, no noroeste da Espanha, onde enfatizou que sua estadia no país europeu é temporária.

Quando perguntado sobre quando planeja retornar ao seu país, ele disse que voltará o mais rápido possível, quando a democracia puder ser restaurada.

Ele lembrou que 10 de janeiro é a data marcada para a posse presidencial após as eleições de 28 de julho, e espera que nesse dia ele possa assumir a vontade popular expressada nas urnas por 8 milhões de venezuelanos.

Em relação ao futuro de Maduro, o opositor comentou que “isso depende dele”.

“Não me envolvo nisso”, acrescentou, além de declarar que, na hipótese de Maduro permanecer livremente na Venezuela, ele pode fazer “o que quiser, se aceitar as condições e respeitar a Constituição”.

Diante de comparações com a experiência de Juan Guaidó, que foi reconhecido por vários países, incluindo EUA e União Europeia, como presidente interino da Venezuela, González Urrutia disse que as situações são diferentes, pois Guaidó foi eleito pelo Parlamento, mas ele tem o apoio das urnas.

Urrutia, que chegou a Madri no início de setembro para pedir asilo depois de denunciar fraudes eleitorais em seu país, explicou que teve de sair da Venezuela diante da perseguição política com “pressões indescritíveis e ameaças extremas” a ele e sua família, e considera que foi o capítulo mais difícil e exigente de sua vida.

Ele pediu à comunidade internacional que reconhecesse o resultado da eleição presidencial depois que o Centro Carter, a organização de observação eleitoral dos EUA, divulgou as supostas atas originais de votação na última quarta-feira, que mostram que venceu com 67% dos votos, contra 31% de Maduro.

Na Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), controlado pelo regime chavista, proclamou Maduro vencedor das eleições, embora não tenha divulgado as atas com os resultados detalhados.