O líder do Irã, o reformista Masoud Pezeshkian, negou nesta segunda-feira (16) que seu país forneça mísseis hipersônicos aos terroristas houthis no Iêmen, um dia depois de o grupo ter assumido a responsabilidade por um ataque contra o centro de Israel com um armamento desse tipo.
“Uma pessoa leva uma semana para viajar para o Iêmen (do Irã), como é que os mísseis poderiam chegar lá?”, perguntou o presidente reformista na sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu o cargo, no final de julho.
“Não temos tais mísseis para fornecer ao Iêmen”, acrescentou Pezeshkian.
O Irã, no entanto, apresentou seu primeiro míssil hipersônico em junho de 2023, capaz de contornar “todas as defesas antimísseis”, segundo as autoridades iranianas.
Os houthis, do ramo islâmico xiita e aliados do Irã, reivindicaram ontem o lançamento de um “míssil balístico hipersônico”, que teria atingido com sucesso um alvo militar nas proximidades de Tel Aviv que, no entanto, não identificaram.
Em um comunicado, o porta-voz militar houthi, Yahya Sarea, disse que o míssil percorreu uma distância de 2.040 quilômetros em 11 minutos e 30 segundos, criando “um estado de medo e pânico entre os israelenses” que correram para abrigos, embora não tenha especificado os danos causados.
A República Islâmica do Irã lidera o chamado Eixo da Resistência, uma aliança terrorista anti-Israel, composta pelo Hamas, pelo Hezbollah e pelos houthis do Iêmen, entre outros.