O chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, disse nesta terça-feira que Israel fracassou em todos os seus objetivos na guerra em curso na Faixa de Gaza contra o grupo terrorista islâmico e acusou o país de travar uma “guerra de extermínio” contra o povo palestino.
“O inimigo não alcançou nenhum de seus objetivos na guerra, apesar do alto preço, dos massacres e da guerra de extermínio”, afirmou Haniyeh, que vive no Catar, em uma mensagem após três meses de intensos combates e bombardeios dentro do enclave, que começaram depois que o grupo armado Hamas atacou Israel em 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns.
“Após cerca de 100 dias de guerra, bombardeios, aviões espiões e esforços de busca, o inimigo não conseguiu recuperar nenhum prisioneiro”, disse Haniyeh em uma conferência da União Internacional de Estudantes Muçulmanos em Doha.
Desde o início da guerra, 110 reféns foram libertados, a maioria durante um acordo de trégua entre os lados em novembro, que permitiu a troca de reféns por prisioneiros palestinos. Além disso, tropas israelenses removeram os corpos de oito reféns, além de terem matado três por engano em uma operação.
De acordo com Israel, 136 reféns permanecem dentro da Faixa, dos quais 25 estariam mortos.
“A ocupação israelense nunca poderá recuperar seus prisioneiros a menos que liberte todos os nossos prisioneiros em suas prisões”, disse Haniyeh sobre outra possível troca de reféns por prisioneiros, depois que 240 prisioneiros palestinos foram libertados em novembro.
O chefe político do Hamas afirmou que Israel fez da guerra “sua prioridade máxima”, com três objetivos: “eliminar a resistência, recuperar seus prisioneiros e levar os palestinos de Gaza para o Egito”, mas falhou em todos eles.
“A frente de resistência em Gaza é forte, coesa e promissora, com um longo espírito de estratégia, liderança e controle. Essa é uma fonte de orgulho para todo o povo da nação e para os povos livres do mundo”, declarou.