A oposicionista cubana Berta Soler, líder do movimento cubano Damas de Branco, e seu marido, o ex-prisioneiro e dissidente Ángel Moya, denunciaram nesta segunda-feira (10) que foram detidos novamente ontem, pelo 26º domingo até agora este ano.
Conforme compartilharam nas redes sociais, ambos foram detidos por membros da segurança do Estado no domingo ao meio-dia, quando saíram da sede das Damas de Branco.
Como aconteceu em ocasiões anteriores, os dois foram levados separadamente para delegacias, detidos por horas e depois liberados com multa, disse Moya.
Foi o 26º domingo em que pelo menos um deles foi detido ao tentar protestar, depois de decidir no mês de janeiro reativar as Damas de Branco e suas ações dominicais depois da paralisação forçada pela pandemia.
Moya é um dos 75 dissidentes e jornalistas independentes condenados durante a onda de repressão de 2003 conhecida como “primavera negra”.
Berta Soler é uma das fundadoras das Damas de Branco, um grupo que surgiu por iniciativa de várias mulheres familiares dos 75. Esta associação recebeu o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, do Parlamento Europeu, em 2005.
A União Europeia (UE) e as ONGs Human Rights Watch e Anistia Internacional criticaram essa onda de prisões e condenações como sendo políticas. As autoridades cubanas alegaram que os dissidentes acusados estavam atentando contra a soberania nacional por ordem dos Estados Unidos.
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