Líder comunista admite que Rússia está “em guerra” na Ucrânia

13/09/2022 13:35 Atualizado: 13/09/2022 13:35

Por EFE

O presidente do Partido Comunista da Rússia, Guennadi Ziuganov, admitiu nesta terça-feira(13) que a chamada “operação militar especial” na Ucrânia se transformou em uma guerra, razão pela qual é necessário mobilizar todos os recursos do país.

“A operação político-militar contra os nazistas, ultranacionalistas e fascistas na Ucrânia se transformou em uma verdadeira guerra declarada contra nós pelos americanos, pelos países da Otan e pela Europa unida”, declarou Ziuganov à Duma, câmara dos deputados russa.

Ziuganov ressaltou que “uma guerra e uma operação especial são radicalmente diferentes, porque você declara uma operação e pode interrompê-la”, de acordo com o portal de notícias “Sota”.

“Não se pode interromper uma guerra, mesmo que se queira. Você tem que ir até o fim. Há dois resultados: vitória ou derrota”, acrescentou.

Ele enfatizou que uma guerra exige uma resposta e “a máxima mobilização de forças e recursos”, assim como “a consolidação da sociedade” e a adoção de novas leis.

“Quero que tenham consciência de que estamos em guerra e não temos o direito de perdê-la”, afirmou.

O uso da palavra “guerra” para descrever a ofensiva militar russa na Ucrânia é punível sob a lei aprovada pela Duma em março, assim como o uso da palavra “invasão”, que levou à abertura de inúmeros casos criminais.

O Kremlin excluiu hoje a mobilização geral ou parcial da população, apesar da retirada de parte das tropas russas do leste da Ucrânia, amplamente criticada pelos partidários de uma campanha militar muito mais agressiva no país vizinho.

A retirada russa da região ucraniana de Kharkiv deixou evidente a falta de combatentes do Exército russo na Ucrânia.

Mikhail Sheremet, deputado do partido Rússia Unida, do presidente do país, Vladimir Putin, disse hoje que, sem mobilização geral, as tropas russas não atingirão os objetivos que pretendiam quando a “operação militar especial” começou – uma opinião compartilhada por muitos analistas militares russos.

Já o líder checheno, Ramzan Kadyrov, criticou os erros cometidos por generais no campo de batalha e disse que estava pronto para enviar 10 mil homens para a linha de frente.

Enquanto a Ucrânia interpretou a retirada de tropas russas de Kharkiv como uma grande vitória que lhe permitiu recuperar milhares de quilômetros quadrados de território, o Ministério da Defesa russo argumentou que a decisão visa reforçar suas posições na região de Donbass.

 

The Epoch Times publica em 22 idiomas, veiculado em 36 países.

Siga nossas redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/EpochTimesPT

Twitter: https://twitter.com/EpochTimesPT

Instagram: https://www.instagram.com/ntd_portugues

Gettr: https://gettr.com/user/ntdportugues

Entre para nosso canal do Telegram

Assista também: