Líbano pede à ONU cessar-fogo imediato e está disposto a mobilizar Exército no sul

Por Agência de Notícias
11/10/2024 16:41 Atualizado: 11/10/2024 16:41

O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, pediu nesta sexta-feira (11) ao Conselho de Segurança da ONU que tome uma decisão para um “cessar-fogo imediato e completo” e afirmou que seu governo está disposto a mobilizar o Exército libanês no sul do país, e que o grupo terrorista pró-iraniano Hezbollah “está de acordo”.

“Decidimos pedir ao Conselho de Segurança da ONU que adote uma resolução para um cessar-fogo imediato e completo”, anunciou Mikati em entrevista coletiva após uma reunião do Conselho de Ministros libanês, na qual ressaltou, pela primeira vez, a concordância do Hezbollah.

Mikati destacou “o compromisso do governo libanês para implementar a decisão 1701 do Conselho com todas as suas cláusulas, inclusive a da mobilização do Exército no sul do Líbano e o reforço de sua presença na fronteira libanesa de maneira que garanta a correta aplicação desta resolução”.

O governante insistiu, no entanto, que “a comunidade internacional deve comprometer o inimigo israelense com a resolução” 1701 que pôs fim à guerra entre Líbano e Israel de 2006, e estabelece que a fronteira só pode ter a mobilização das forças armadas libanesas.

Isso significa que os combatentes do Hezbollah posicionados na divisória com Israel, onde lutam há mais de um ano, precisam se retirar para o norte, acima do rio Litani. Também é estipulado o desarmamento do grupo terrorista.

“Esta resolução (1701) continua sendo válida. O Hezbollah está de acordo também. O Hezbollah é um parceiro deste governo e hoje concordou sobre este tema, e creio que não haja nenhuma dúvida”, frisou.

Mikati insistiu para que “todos os responsáveis e as forças nacionais (libanesas) assumam juntos a responsabilidade de proteger a sociedade e o país”.

“O cessar-fogo é uma necessidade imediata e o Exército libanês deve comprovar que cumpre a sua responsabilidade de forma completa para manter a segurança e reforçar seu papel no sul do Líbano em conformidade com a resolução 1701”, comentou.