As Forças Armadas da Letônia, país membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), informaram nesta segunda-feira (9) que o drone militar russo que caiu na cidade de Gaigalava no sábado (7) estava carregado de explosivos.
De acordo com as autoridades locais, o veículo aéreo não tripulado era do tipo Shahed, de fabricação iraniana. O drone perdeu o controle ao entrar na Letônia vindo da Bielorrússia.
O comandante das Forças Armadas Nacionais (NBS), Tenente-General Leonids Kalnins, destacou que a aeronave foi imediatamente detectada ao cair na região de Rezekne e, em seguida, desativada e inspecionada.
“Nós avaliamos e monitoramos a situação, quão perigosa ela era e se poderia haver uma ameaça para as instalações e civis,” disse Kalnins.
A NBS afirmou que as investigações em andamento não indicam que a presença do drone possa ser considerada uma escalada militar aberta contra o país.
Alvo era Ucrânia
O ministro da Defesa, Andris Sprūds, afirmou que o drone tinha como alvo a Ucrânia em uma ação de contra-ataque e destacou que a Rússia estava visando uma sociedade democrática e independente.
“A chegada de um drone russo do tipo ‘Shahed’ na Letônia é um incidente sério que mostra claramente que a guerra na Ucrânia está à vista”, alertou o ministro. “Esta é uma realidade com a qual temos que lidar – devemos estar em constante prontidão. Quando os drones ‘Shahed’ atingem a Ucrânia, eles tendem a voar para o território bielorrusso.”
O ministro também mencionou que a Letônia está fortalecendo a defesa aérea na fronteira leste e que está em contato com os aliados. Segundo ele, houve casos semelhantes em territórios de outros países da Organização.
“Precisamos fortalecer a defesa aérea da OTAN e promover a presença de aliados na Letônia por meio da implementação ativa do modelo rotativo de defesa aérea da OTAN,” disse Sprūds.